Conheça um pouco da história das pacientes do HCP que participaram da exposição De Peito Aberto

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Pelo segundo ano consecutivo o fotógrafo Moisés Jorge assinou a produção fotográfica da exposição De Peito Aberto. As fotos artísticas e as histórias de mulheres, pacientes do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), que venceram o câncer de mama, tem como meta estimular uma nova postura de enfrentamento e aceitação ao câncer. A produção estava disponível entre os dias 24 e 31 de outubro, no Espaço Cultural do Shopping Tacaruna, no segundo pavimento do mall.

A exposição só foi possível graças ao empenho de Moisés Jorge e de importantes parceiros, como Gercily Barbosa (maquiadora), Inovar (Gráfica), Telões e Cia (Projeção), Shopping Tacaruna (espaço), HCP (textos e layout das peças).

Confira agora.

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Maria Betânia da Silva, 62 anos.

Descobri o câncer em 2015. Era fim de tarde, estava no banho, minha mão escorregou e senti um nódulo. Eu digo que isso foi meu mentor espiritual, Deus, meu anjo da guarda que fez meu corpo falar comigo. No dia seguinte, procurei o mastologista, que já me prescreveu a mamografia, confirmando nódulos sugestivos para câncer. A biópsia indicou um carcinoma ductal invasivo.

Toda as etapas que antecederam a retirada do câncer me deixaram muito ansiosa e angustiada. Minha vontade era ser internada o mais rápido possível e tirar aquilo de mim. Quando chegou o momento da cirurgia, foi a quadrantectomia, quando é retirado apenas a parte onde o tumor está localizado.

Lembro de conversar com o Senhor. Eu entendi que aquilo estava acontecendo comigo, como poderia ser com qualquer outra pessoa, mas como eu iria lidar com aquilo era uma decisão minha. Escolhi ser resiliente, enfrentar da melhor maneira, sem passar tristeza para os outros. Escolhi fazer daquele saco de limão uma limonada. Eu me olhava no espelho e repetia que era forte e conseguiria passar por aquilo. Eu passei!

Hoje estou curada, sou voluntária no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Olho para aqueles pacientes diariamente, mosto que sou a prova da possibilidade de cura, que assim como eu, eles também podem ser vencedores. Ninguém sabe o dia de amanhã, mas a esperança é o mais importante.

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Andrea Mota, 55 anos. 

Senhor, será que vai dar tempo?!.

Esse foi o único questionamento que fiz para Deus, na hora que confirmei que aquele nódulo, descoberto durante o banho, era câncer. Um tumor superagressivo na mama direita, deixava claro que seria uma batalha difícil. Não foi a primeira vez que achei que fosse morrer, mas a sensação do medo não é agradável.

Vítima de violência doméstica durante quatro anos, pensei em acabar com a minha vida e a do meu próprio filho para escapar das agressões do pai dele, mas tive a chance de comprovar que ainda havia muito amor e empatia nesse mundo.

Foi uma amiga que renovou a minha fé. Juntas, Jeronice e eu, seguimos. As sessões de quimioterapia, radioterapia e a cirurgia de retirada total da mama e, depois, retirada dos ovários que ameaçavam causar problemas, era acompanhado de perto por essa amiga, por quem sinto profunda gratidão.

Hoje o meu sorriso é de quem ressignificou tudo, principalmente a dor. Hoje tenho levado esse exemplo de superação pra centenas de outros pacientes, como Voluntária do Amor, e sigo reconstruindo minha saúde mental dia a dia.

Atualmente estou completa. A reconstrução e simetria das mamas era o que faltava para me sentir totalmente plena, e neste ano eu consegui. Mas as marcas estão aqui, são importantes para me mostrar como sou rodeada de amor e muito capaz de superar as dificuldades.

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Luiza Miranda, 49 anos.

Tudo começou em 1997, quando amamentava a minha bebê, que tinha apenas seis (06) meses.

Senti um caroço na mama e procurei o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). A doença foi confirmada por exames e passei pela primeira cirurgia, onde o tumor foi removido. Com apenas 15 dias, foram identificados novos caroços e a segunda cirurgia foi realizada, acompanhada por sessões de quimioterapia e radioterapia, um dos períodos mais dolorosos. Pouco tempo depois, novos nódulos e mais cirurgias.

Em 2005, fui acometida por um câncer de mama mais agressivo e precisei passar por uma cirurgia radical, a mastectomia, com a retirada da mama esquerda. A gravidade desse tumor fez até os médicos desacreditarem da minha cura. Ao todo, o câncer voltou três vezes e passei por 29 cirurgias.

Dez anos depois, em 2015, por um milagre de Deus e minha fé, recebi a tão sonhada cura. Hoje sou um instrumento de resiliência e superação.

O que passei é uma prova de que podemos alcançar tudo o que desejamos, só depende do poder da força interior, a VIDA.

Hoje eu vivo o aqui e o agora, ajudando pessoas que estão passando pela mesma história, enfrentamento o câncer. Essa doença não é uma sentença de morte, precisamos manter a esperança viva em nossos corações.

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Suely Botelho, 67 anos. 

Descobri o câncer de mama em 2007, durante os exames de mamografia e a ultrassom, um nódulo pequeno do lado direito. Eu já tinha perdido minha irmã para essa doença 15 anos antes, então a minha vida desabou, achei que era o fim. Como foi diagnosticado no início, não precisei passar pela quimioterapia, mas passei pela mastectomia, a cirurgia de retirada da mama, e 28 sessões de radioterapia, tudo no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP).

Quatro anos depois, dessa vez no autoexame, em frente ao espelho, senti um novo nódulo, dessa vez do lado direito. Fiquei desesperada e não consegui segurar o choro, lembro como se fosse hoje daquela sensação de precisar passar por tudo mais uma vez. No dia seguinte, em uma nova consulta no HCP, foi confirmado o tumor. Dessa vez, passei por quatro sessões de quimioterapia, além de mais 28 sessões de radioterapia e uma nova mastectomia.

Com essas sessões de quimioterapia, meu cabelo caiu, foi a pior coisa para mim. Mas o apoio e acolhimento que recebi da minha família foi muito importante. O carinho que recebi me fez vencer. E hoje posso disse que, graças a Deus, eu venci e estou curada. Sou uma nova mulher, mais guerreira e feliz com a vida.

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Maria da Conceição, 63 anos. 

Descobri o câncer no final de 2010, tinha feito um check-up médico sete meses antes. Foi um susto. Ninguém espera receber uma notícia dessa, ninguém está preparado para o que vem acompanhando todo esse diagnóstico. No meu caso, uma quadrantectomia, procedimento cirúrgico para retirar apenas a parte onde o tumor está localizado. Também passei pelo esvaziamento axilar e um ano de quimioterapia, radioterapia e fisioterapia para a prevenção de linfedema.

O apoio dos meus filhos, Francisco, Marcelo e Clarissa, foram indispensáveis. Minha mãe, Lala, assim como os demais familiares e amigos, indispensável, um consolo. Me sentia abraçada e cuidada todo o tempo. Porém, a minha fé foi determinante. Era chegada a hora de crer no invisível, no milagre da cura, pedindo para quem pode mudar qualquer quadro, qualquer situação, seja ela qual for, nosso Senhor Jesus Cristo.

Hoje eu digo, vamos morrer porque estamos vivos, não por ter câncer. Deus é soberano, cuida de mim e de você. Creia!

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Elisabete Barbalho, 67 anos. 

Eu descobri o câncer fazendo a mamografia, em 2006. Todo o processo foi desesperador e muito difícil, chorei muito, foram noites e noites acordada esperando o dia da cirurgia. Passei pela quadrantectomia, procedimento cirúrgico para retirar apenas a parte onde o tumor está localizado, seis sessões de quimioterapia e 28 de radioterapia.

Minha família e amigos foram indispensáveis em todo o processo, como são até hoje. Eu sentia enjoos, me sentia fraca, mas nada me derrubou, procurava fazer o possível dentro de casa, para me sentir viva. Mas o que realmente me levantou foi estar no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e fazer parte do Espaço Renascer, onde estou até hoje. Lá eu aprendi a viver de verdade.

No Renascer, aprendi a enfrentar as coisas com mais naturalidade, com apoio dos psicólogos, assistentes sociais, atividades físicas. Tudo isso colocava minha autoestima lá para cima. Fiz novas amizades, pessoas que sabiam o que era passar pela doença. Hoje só penso na vida, me divertir, brincar, aproveita a segunda chance que Deus me deu.

Como voluntária da Rede Feminina, quero levar esse sentimento para os que ainda estão passando pelo tratamento. Mostrar que como eu, eles também podem passar por tudo isso, ser um exemplo de superação, basta acreditar em Deus e seguir tudo que o médico falar.

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Tatiane Soares, 44 anos. 

Descobri o câncer de mama em 2017, através do autoexame, tomando banho. Senti um caroço diferente na mama direita, era duro, do tamanho de uma azeitona. Gelei, meu coração acelerou e achei que ia sair pela boca. Chamei pelo nome do meu Senhor Jesus e pedi para ele segurar a minha mão. Estava com medo, muito nervosa.

Ainda não tinha contado para ninguém, passei dois dias para procurar um médico e fazer a ultrassom. O resultado foi mais preocupante ainda, não era só do lado direito, a mama esquerda também apresentava um nódulo. Procurei o mastologista no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), fiz todos os exames e recebi a confirmação do diagnóstico, um carcinoma ductal invasivo maligno.

Nossa, como foi difícil, vi meu mundo desabando sobre minha cabeça.  Respirei fundo, pensei em meus filhos e como iria falar tudo para eles. Não sabia eu que eles seriam a força, assim como meu marido, amigos e familiares. Me apeguei a Deus, pedi força e discernimento, eu sabia que a luta seria árdua. Fiz a quadrantectomia na mama, a cirurgia que tira apenas a parte acometida pelo câncer, 16 sessões de quimioterapia, 30 sessões de radioterapia.

Em 2020 e 2022, passei pelo susto da doença ter voltado em outros órgãos, mas Deus continuou generoso e não passou de uma suspeita. Agradeço a Deus e a todos que cuidaram de mim, sou eternamente grata ao HCP que me acolheu de uma forma inexplicável, ali construí mais uma família, que sempre me deu força e apoio nos momentos que preciso.

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Janine Guerra, 52 anos. 

Aos 27 anos recebi o diagnóstico de câncer de mama. Pensei que era o fim, parecia uma bomba nuclear, mas com a fé em Deus e o amor da minha família, reagi.

O médico disse que tínhamos que correr contra o tempo, então fiz todos os exames o mais rápido possível. O resultado, um câncer ductal agressivo maligno, com mais de 21 nódulos. Retirei a mama direita, fiz 40 sessões de quimioterapia e 30 sessões de radioterapia. Tudo muito difícil, mas tive apoio da minha família, muita oração dos meus irmãos da igreja, sem falar do importante trabalho da equipe médica, da ajuda dos funcionários, voluntários e do Espaço Renascer do HCP.

Quatro anos depois, mais um diagnóstico difícil, agora na mama esquerda, com 18 nódulos malignos. Precisei passar por tudo mais uma vez. Fiquei careca mais uma vez, mas sempre dizia que quem é bonita de cabelo, não fica feia sem.

Em meio as muitas lutas e dores, hoje sou paciente curada e voluntária com muito orgulho. Sou um milagre nas mãos de Deus. Sou casada, tenho um filho.

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Risolene Silva

Aos 37 anos descobrir um câncer chamado carcinoma ductal infiltrante e invasivo Nic 4. No primeiro momento, foi muito assustador, uma angústia que não cabia no meu peito. Com o diagnóstico, parecia que eu também tinha recebido uma sentença de morte. Parecia que todos a minha volta sabiam que eu estava com câncer e me olhavam com pena, mas eu só tinha uma escolha, manter a fé, me apegar nas palavras de Deus e confirmar nos meus médicos.

Meus médicos, foram como anjos. Minha mastologista, dra. Denise Sobral, assim como o meu oncologista, dr. Felipe Marinho, disseram que cuidariam de mim, que eu era jovem e teria uma vida toda pela frente, e foi o que eles fizeram. Passei por oito sessões de quimioterapia e vinte e oito de radioterapia. Na cirurgia, fiz a mastectomia total, com a retirada completa da mama. Ainda passei por outros dois procedimentos cirúrgicos, retirei o útero e a vesícula, e um tratamento com hormônios.

O acompanhamento do serviço social e da psicologia também foram muito importantes, assim como da Rede Feminina, grupo voluntário do HCP, que nos tratam com empatia, amor e nos ajudam a superar barreiras. O projeto Renascer também foi essencial para mim, foi um autoconhecimento, um ensinamento de como lidar com as pessoas e com o tratamento.

Hoje, estou curada. Fiz a reconstrução da mama e vivo uma vida normal, mas não descuido de mim. A cada dois anos faço os meus exames de rotina. Vejo a vida como uma dádiva, tenho imensa gratidão por todos que me ajudaram durante o meu tratamento e que me apoiam ainda hoje.

Como mensagem, falo com as mulheres que não se previnem: olhe mais para si. Um diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Esse é o meu conselho, cuido de você, é muito importante.

Risolene Silva (Riso), 47 anos.

Tatiane Soares

“Tudo começou em 2017, em um simples banho. Ao tocar os meus seios, senti na mama direita um caroço do tamanho de uma azeitona. Gelei, já pensando no possível diagnóstico. Meu coração queria sair pela boca, só pensava em Jesus e pedi: “meu senhor, segure minha mão”.

Era uma sensação de medo, nervosismo, não conseguia falar para ninguém. Passei dois dias com aquela angústia, antes de procurar um médico e fazer a ultrassom. O resultado: nódulos nas duas mamas. Procurei um mastologista imediatamente e cheguei ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), onde encontrei acolhimento, carinho e rapidez para confirmar o diagnóstico, um carcinoma ductal invasivo maligno. Eu conseguia enxergar o mundo desabando em minha cabeça, mas eu ia vencer.

Respirei fundo, pensei em meus filhos, em como iria contar tudo para eles. Não sabia eu que eles, meu marido, família e amigos seriam a minha maior força. Eu sabia que não seria fácil, que a luta seria árdua, mas me apaguei a Deus, pedi força e discernimento.
Realmente, foram dias difíceis. Passei por uma cirurgia de quadrantectomia, para retirar a região acometida pelo câncer. Fiz 16 sessões de quimioterapia, 30 sessões de radioterapia. Quando pensei que poderia comemorar estar livre da doença, tive duas suspeitas de recidiva do câncer em outros órgãos, um susto em 2020 e outro 2022, mas graças a Deus continuou generoso e não passaram de suspeitas.

Agradeço a Deus e a todos que cuidaram de mim. Sou eternamente grata ao HCP, que me acolheu de uma forma inexplicável, onde construí mais uma família, que sempre me deu força e apoio nos momentos que preciso. Hoje estou bem, curada, tentando ajudar a todos aqueles que passaram pelo mesmo que eu.

Todos nós passamos por fazes que precisam de nossa atenção, para que possamos descobrir uma força que não acreditávamos ter. Se sua provação é o câncer, mostre a ele a sua vontade de viver e não tema, pois a vitória já é sua. Eu sou a prova viva de tudo isso que você está passando ou irá passar.

Para finalizar, deixo um pensamento: ser mulher é ser flor, linda e perfumada que encanta. Mas, mesmo uma flor, precisa de cuidados. Cuide-se, se ame, se toque, se previna. O câncer não é sentença de morte”.

Tatiane Soares, 45 anos.

Abnoam do Carmo

Minha história começou em 2019. Ao realizar o autoexame, senti um nódulo na mama. Por medo do diagnóstico, da realização dos exames e por descrer que poderia estar doente, deixei a situação de lado. Quando finalmente realizei mamografia, o resultado foi espantoso, e posso dizer que as piores coisas passaram na minha cabeça, possibilidades e circunstâncias negativas sobre a doença. Foi um choque geral, não só família, meus amigos também se comoveram com a notícia.

Passei por dezesseis sessões de quimioterapia. Nos primeiros contatos com a medicação o meu corpo teve reações alarmantes, perda de peso e queda de cabelo. Ao decorrer das sessões outros sintomas surgiram, como mudanças de humor, enjoos e prisão de ventre. Os medicamentos eram muito fortes.

Mesmo diante de tudo isso, minha autoestima não foi abalada, continuei me cuidando e me amando. Muitos foram os temores, mas o que mais me atormentou foi a possibilidade de ficar distante da minha família, filhas, irmãos, netos, mãe, pensar nisso me doía o coração. O meu maior medo se transformou na minha maior motivação, disposição e alavanca para me dar forças no tratamento. Todos me deram suporte físico, psicólogo e até financeiro. Fui abraçada pelas pessoas ao meu redor, vizinhos, colegas e familiares. Busquei abrigo espiritual, indo atrás de ajuda com meu Deus, que foi fundamental para mim.

A forma que fui tratada no HCP era como água em meio ao deserto, me sentia reconfortada e acolhida. Os enfermeiros, médicos e toda a equipe hospitalar tornaram o tratamento suportável. Estar em um meio onde as pessoas partilham das mesmas preocupações e enfermidades me tranquilizava, porque mesmo com suporte da família, me sentia assustada, mas convivendo com meus amigos de tratamento me sentia acalmada por ver que não estava passando por aquilo só. Ganhei vários amigos, memórias e conhecimento sobre mim mesma e sobre a doença.

Se eu pudesse deixar uma mensagem para outros que estão passando pelo mesmo que eu passei, diria: não tenha medo. Busque conciliação espiritual e familiar, vários passaram por isso e hoje escrevem mensagens como esta, mensagens de vitória. Saiba que se ficar carequinha, seu cabelo vai crescer de novo. Se sua sobrancelha cair, vai crescer de novo. Se ame e cuide de si mesma, não desista de você. Eu consegui, você também conseguirá! Com Deus e família todas as batalhas serão vencidas.

Abnoam do Carmo Marques, 51 anos.

Marlene Alves

Eu sentia muita fraqueza e cheguei a desmaiar na rua. Achava que era um problema no coração, mas nenhum exame que eu fazia indicava isso. Cheguei a não contar mais nada para as pessoas, com medo que achassem que eu estava mentindo. Até passei alguns dias afastada do trabalho, sem entender o que acontecia comigo, até que resolvi fazer um ultrassom da mama, mesmo não percebendo nenhum nódulo no autoexame.

O médico ficou surpreso, porque o exame já deu uma grande alteração. Até me perguntou se eu nunca tinha feito mamografia. Nunca pensei ser câncer. Procurei o serviço particular na minha cidade, em Ipojuca, e fiz outros exames. Com o resultado, fui direto procurar o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), onde comecei a minha batalha, sabia que era o melhor lugar, o ano era 2020.

Fui muito bem atendida. Iniciei meu tratamento muito rápido. Fiz quimioterapia, radioterapia e cirurgia, onde retirei toda a mama. Recebi apoio de todos os meus familiares e amigos, além de ter feito muitos novos amigos no HCP, não só pacientes, mas também enfermeiros, técnicos e médicos, que me apoiaram em tudo. Hoje estou aqui, bem e curada.

O câncer foi uma virada de chave para mim. Comecei a me conhecer melhor após a doença, a passear e viver mais. Posso até dizer que, por um lado, passar por tudo isso foi renovador.

Marlene Alves Pimentel, 54 anos.

Maria Ivaneide

Descobri o primeiro câncer aos 35 anos. Mesmo tendo outras duas irmãs acometidas pela mesma doença, sendo uma falecida, foi uma surpresa muito grande, eu não queria aceitar, fiquei muito assustada. Chorava muito e pensei estar em depressão, mas graças a Deus estou aqui contando a minha história, pois decidi lutar.

Fiz oito sessões de quimioterapia e vinte oito de radioterapia, além de retirar a mama.Quando pensei estar livre do câncer, dez anos depois ele voltou, dessa vez na outra mama. Foram mais vinte e três sessões de quimioterapia, vinte e oito de radioterapia e mais uma cirurgia, mas consegui vencer mais uma vez. Cinco anos depois, passei por outros procedimentos, mas dessa vez como prevenção de novas recidivas da doença, retirei o útero, ovários e parte da bexiga.

Não foi fácil, mas Deus e a minha vontade de viver sempre estiveram no meu caminho. Consegui força nos meus filhos, familiares e amigos, que sempre estiveram ao meu lado. Hoje estou bem, apesar de tudo e graças aos ótimos médicos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Fiz a reconstrução das mamas e sempre faço acompanhamento, estou bem e curada.

Se eu pudesse deixar uma mensagem para quem está passando pelo que eu passei, primeiramente diria para se apegarem a Deus, que sejam fortes e corajosas e nunca desistam de lutar e viver.

Para as outras mulheres, diria o mesmo que falo para todas as minhas amigas, cuidem-se. O câncer não acontece apenas com idosos, acontece mais cedo também. Façam seus exames de rotina. A vida é muito curta para quem não se cuida.

Maria Ivaneide da Silva, 49 anos.

Lindinalva Lins

Já não bastava o medo da pandemia, daquele momento assustador que o mundo estava vivendo, eu recebi o diagnóstico de câncer de mama, aos 46 anos. O choque foi tamanho, que eu só conseguia chorar e não queria ver ninguém. O medo era de morrer, não conhecer os meus futuros netos. Minha família e amigos também estavam em choque, mas me deram todo o apoio necessário, me acolheram e demonstraram todo o amor do mundo.

Passei por altos e baixos, mas posso dizer que tive um tratamento excelente e rápido, mas não deixou de ser doloroso. Depois da biópsia e a confirmação do diagnóstico, cheguei ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Fiz quimioterapia, três cirurgias (quadrante, esvaziamento das axilas e a mastectomia) e, por fim, a radioterapia. Fui bem atendida e acolhida por todos, desde o vigilante até os médicos. Alguns anjos passaram pelo meu caminho, e isso foi o cuidado de Deus.

A mensagem que eu deixo, com toda experiência que passei é: nunca desistir de lutar, porque a última palavra vem de Deus. Sempre busque viver o hoje, porque o amanhã só a Ele pertence. Não é fácil todo esse processo, mas precisamos confiar em Deus.

Sorria e viva a vida, porque o espírito agradece. Apesar de todas as lutas, hoje eu sou uma outra pessoa e grata a Deus!

Lindinalva Lins, 49 anos.

Campanha Dezembro Laranja

O mês de dezembro marca o início do verão e, para muitas famílias, também o período de férias, sinônimo de longa exposição ao sol, principal fator de risco para o câncer de pele. Para estimular atitudes preventivas para esta doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha anualmente a campanha Dezembro Laranja.

Campanha Novembro Azul

O diagnóstico tardio é um dos principais motivos para o câncer de próstata ser o segundo tipo de tumor maligno que mais mata os homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Com o objetivo de estimular que os homens tenham mais atenção à saúde e façam seus exames regularmente, possibilitando a detecção precoce da doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entra na campanha Novembro Azul.

Campanha Outubro Rosa

O diagnóstico precoce é fator primordial para o sucesso no tratamento de qualquer tipo de câncer. A campanha Outubro Rosa, já conhecida mundialmente, busca trazer esse alerta – a importância da detecção do câncer de mama no estágio inicial. Referência no tratamento de pacientes oncológicos no estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha o tema anualmente, com o propósito de estimular o debate sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

Campanha Julho Verde

Julho é o mês escolhido pelo Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e várias organizações de saúde para alerta a população sobre o câncer de cabeça e pescoço, termo utilizado para o conjunto de tumores que se manifestam na face, boca, laringe, faringe, glândulas parótidas, glândulas salivares, tireoide, e ossos da cabeça e pescoço. A campanha denominada “Julho Verde” reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce desses cânceres, que historicamente estão ligados ao consumo do tabaco e álcool, má condição de higiene oral, infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) e exposição ao sol.

Campanha Abril Amarelo

Apesar de raro, representando 2% do total de cânceres diagnosticados, o câncer ósseo possui um alto índice de mortalidade, atingindo principalmente crianças, adolescentes e idosos. Não existe maneira de prevenir esta doença, sendo o diagnóstico precoce a melhor forma de garantir a qualidade de vida do paciente e até a cura. Pensando na importância da conscientização sobre o tumor, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) engajou-se na causa e criou a campanha “Abril Amarelo”, que em 2020 chega ao seu 6º ano, com o objetivo de fazer este importante alerta.

Assistência

Grupo de assistência às enfermarias

São voluntárias que ajudam os pacientes internados e que tiveram alta e, também, o próprio hospital. Com ajuda de parceiros, viabilizam remédios ou exames que não são oferecidos pelo SUS, ou seja, que não são disponibilizados pelo HCP. 

 

Grupo de assistência aos ambulatórios 

Voluntários que dão suporte às necessidades dos ambulatórios, arquivo, patologia, quimioterapia e radioterapia. Pegam prontuários nos arquivos, protocolam e levam documentação para outros departamentos, anotam cartões dos pacientes que serão atendidos e levam pacientes aos setores.

Pipoca do Amor

Os voluntários se unem para levar amor e carinho ao paciente e acompanhante, através de um alimento hospitalar nutritivo simples, higiênico e barato, a pipoca. O intuito dessa ação é transmitir alegria, descontrair, favorecer a integração interpessoal, auxiliar na terapia psicoemocional. Para ganhar a pipoca é preciso apenas de uma coisa, um sorriso.

As pipocas são doações de parceiros e da sociedade que contribuem com dinheiro para compra da pipoca. Os voluntários “pipoqueiros”, usam como uniformes aventais estampados e alegres e decoram cestas, onde são colocadas as pipocas, de acordo com datas comemorativas e plaquinha com frase: “Troca-se por um sorriso”.

Xerox/Lojinha

Atende pacientes e acompanhantes que precisam tirar cópia de documentos para apresentar ao hospital, assim como, quando há necessidade de atender demanda maior de xerox de folhetos/informativos do setor de Serviço Social e do Espaço Renascer. Os voluntários que estão nesse setor também dão informações às pessoas sobre localização, como chegar a determinado setor ou ambulatório, por exemplo, assim como também solicitam apoio aos maqueiros quando percebem a necessidade de dar suporte a algum paciente. Nesse setor também funciona uma lojinha de artesanato com preço acessível, assim como venda de camisa e lacinhos de campanha.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 7h às 12h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres)

Bazar

Esse setor é a principal fonte de renda da Rede Feminina, inclusive esses recursos financeiros ajudam na compra de medicamentos, passagens para os pacientes, manter a Casa de Mirela e suprir algumas necessidades do hospital.

As doações de roupas, calçados e eletrônicos são vendidas no bazar por preço acessível para pacientes, acompanhantes e funcionários.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 14h.

Local: Bazar (ao lado do ambulatório da pediatria)

Espaço da Beleza

Espaço de acolhimento para pacientes mastectomizadas e/ou que perderam os cabelos. No setor são doadas próteses mamária, perucas, sutiãs, lenços, toucas, chapéus e o mais importante: o amor, o ombro amigo.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 14h.

Local: _____

Espaço da Paz

Criado em 2011, pela atual presidente da Rede Feminina, a senhora Maria da Paz, o projeto surgiu quando a voluntária identificou que os pacientes iam para casa bem e retornavam debilitados, porque não tinham uma alimentação adequada em suas residências, passando assim a doar mensalmente cestas básicas, inclusive com a presença de suplementos alimentares.

O projeto é realizado em parceria com o serviço Social do HCP, que verifica a situação socioeconômico dos pacientes, assim como o guia de prescrição médica, detalhando o nome do paciente e as necessidades específicas dele para que sejam atendidas. As doações são entregues uma vez por mês para cada paciente beneficiado cadastrado pelo voluntariado.

Além de cestas básicas o projeto também doa fraldas, medicamentos, travesseiros, brinquedos, cadeiras de rodas e kits de higiene (escova e pasta de dentes, sabonetes, etc.)

Funcionamento: de domingo a domingo, das 7h às 15h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres).

Rendarte

Nesse projeto, o voluntariado oferece cursos de capacitação em artesanato (tricô, crochê, pintura e reciclagem), para pacientes e acompanhantes. O objetivo é que o público aprenda atividades que possam gerar renda.

Alguns dos produtos desenvolvidos são vendidos no local e o lucro revertido para a compra de novos materiais utilizados nos cursos.

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: Rendarte (ao lado da odontologia).

Chá e sopa

Para atender principalmente os que não possem recursos para alimentar-se, o projeto oferece diariamente, de forma gratuita, um lanche aos pacientes ambulatoriais e aos seus acompanhantes. Os insumos são disponibilizados pela Rede Feminina e produzidos pelo setor de nutrição do hospital.

Quando não conseguem as doações desses insumos, a própria Rede Feminina realiza a compra.

Funcionamento: _____
Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres)

Espaço Renascer

Local onde as mulheres renascem para a vida, através do resgate da autoestima. Esse trabalho tem mais de 40 anos e surgiu através do mastologista e cancerologista Dr. Esdras de Queiroz Marques e que em seguida foi encabeçada por Giorgina Moreira e Fátima Cabral.

No projeto é oferecido suporte de assistente social, apoio psicológico, atividades físicas, dança, jogral e comemoração das datas festivas. O objetivo é que as mulheres aprendem a amar seu corpo e ter mais qualidade de vida.

Esse espaço tem como objetivo reintegrar a mulher à sociedade de uma forma holística, tendo em vista a sua recuperação como um todo (psíquico, físico e social). É um atendimento prestado na grande maioria às mulheres mastectomizadas ou que passaram por outros tratamentos de câncer de mama, através de uma equipe multidisciplinar, composta de uma assistente social, psicóloga e educadora física.

Funcionamento: quinta-feira, das 8h às 11h.

Local: departamento de fisioterapia do HCP.

Casa de Mirella

A Casa de Mirella é o Centro de Apoio ao Paciente do Hospital de Câncer de Pernambuco, onde pacientes e acompanhantes vindos do interior e que não tinham condições financeiras de ficar no Recife são hospedados para realizar o tratamento no HCP.

Acolhimento humanizado, respeito, dignidade, carinho. Nesse local todos são tratados como pessoas que tem necessidades e precisam de cuidado. É oferecido dormida limpa, banho, refeições, atividades terapêuticas e recreativas, como jogos, dominó, dama, pintura e confecção artesanal.

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: R. Frei Afonso Maria, 357 – Amaro Branco, Olinda 

Confecção de perucas

Doado gratuitamente, o setor confecciona perucas para serem doados aos pacientes. Todo o trabalho é feito por costureiras voluntárias, com cabelos e demais insumos doados.

No local, para quem tiver interesse de cortar e doar o cabelo na hora, também é oferecido o serviço de corte gratuito.

Como doar cabelo?

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres).

Informações Sobre o Doador e Sua Doação