O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) recebeu um equipamento de suporte respiratório, desenvolvido na fábrica da Tramontina. A máquina faz parte de uma iniciativa da marca que, com o início da pandemia, para auxiliar em situações de emergência e deixar um legado pós-Covid-19 criou o Ventra – equipamento de suporte respiratório transitório que sai da unidade pronto para uso emergencial em hospitais. Desde o ano passado já foram doados 60 equipamentos, sendo um deles para o HCP.
O conceito é baseado em estudo do MIT – Massachusetts Institute of Technology – que envolve um sistema mecânico automatizado relativamente simples e barato, utilizado para ventilar pacientes em situações de emergência. Esse sistema substitui o reanimador manual chamado de Ambu, atualmente utilizado nas emergências dos hospitais, com vantagens ligadas à simplicidade, baixo custo, fácil assepsia e disponibilidade no mercado. A iniciativa também contou com o apoio de profissionais e estrutura do Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves/RS, onde aconteceram os primeiros testes do protótipo. “Nossa intenção foi desenvolver um produto robusto e com tecnologia avançada, fazendo uso de eletrônica e mecânica de alta confiabilidade e precisão, não apenas algo improvisado para o momento de dificuldade, mas que apresentasse diferenciais importantes para sua categoria e finalidade”, afirma Osvaldo Steffani, Diretor da Tramontina à frente do trabalho.
O Ventra será utilizado na emergência do hospital para estabilização respiratória do paciente crítico. “Funciona como um suporte de vida”, explica Amanda Melo, coordenadora da fisioterapia hospitalar do HCP. Para utilização do equipamento, o Hospital de Câncer participou de um treinamento oferecido pela área técnica da Tramontina. Agora, esse treinamento será repassado a todos os profissionais atuantes na emergência da instituição.
O projeto nasceu em março, em meio a crise no norte da Itália, onde o sistema de saúde entrou em colapso. No Brasil, havia grande preocupação em relação a possível escassez de equipamentos para suporte respiratório. “O cenário era de limitação na capacidade de produção nacional e muita concorrência, alto custo e longos prazos para importação. Reunimos um grupo multidisciplinar que estudou em detalhes os diversos esforços em andamento, incorporamos novas ideias e, por fim, chegamos a proposta do Ventra”, complementa Osvaldo Steffani. afirma Osvaldo Steffani, Diretor da Tramontina à frente do trabalho.