O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o terceiro de maior incidência entre as mulheres no Brasil, atrás do câncer de mama e do colorretal, correspondendo a mais de 16 mil novos casos por ano. Desse total, mais de seis mil casos são diagnosticados no Nordeste, sendo o segundo tipo de tumor de maior incidência entre as mulheres da região, atrás do câncer de mama (Dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA). Para fazer esse importante alerta, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) preparou uma campanha informativa, que pode ser acompanhada pelo site da instituição hcp.org.br ou pelo facebook e instagram @sigahcp.
O colo do útero está localizado entre a parte inferior do útero e a parte superior da vagina. O câncer nessa região está diretamente ligado com as infecções persistentes ocasionadas por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), transmitidas no ato sexual. “A prevenção primária para o câncer do colo do útero está ligada à diminuição do risco de contágio com as infecções causadas pelo HPV, por isso a importância da vacinação, que também promove imunização para outros tipos de câncer, em mulheres e homens”, ressalta o cirurgião oncológico do Hospital de Câncer de Pernambuco, Vandré Carneiro. A vacina é oferecida pelo SUS e indicada para meninas, entre 09 e 14 anos, e meninos, entre 11 e 14 anos, antes do início da vida sexual. Outros fatores de risco são: o início precoce da atividade sexual e o tabagismo.
Na maioria dos casos esse tipo de câncer não apresenta sintomas na fase inicial, por isso é imprescindível que o exame preventivo (Papanicolau), seja realizado anualmente – a descoberta precoce do câncer promove a cura total da doença em quase todos os casos. “O câncer do colo do útero é curável, especialmente se diagnosticado na fase inicial, quando as taxas de cura podem ultrapassar 95%”, destaca o cirurgião. Quando há sintomas, pode ocasionar corrimento, sangramento entre as menstruações e sangramento ou dor no ato sexual. Em fases mais avançadas, dor ao urinar e sangramento intestinal.
O tratamento para câncer do colo do útero é definido de acordo com o estágio da doença, podendo ser cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou a junção de ambas. “A falta de informação é uma das principais barreiras para o controle do câncer do colo do útero. Saber da importância da vacina contra o HPV e não deixar de tomar as duas doses é imprescindível para prevenir o acometimento. Vá ao ginecologista com regularidade e mantenha seus exames em dia”, alerta dr. Vandré.