O mês de dezembro marca o início do verão e, para muitas famílias, também o período de férias, sinônimo de longa exposição ao sol, principal fator de risco para o câncer de pele. Dentro da campanha nacional de prevenção desse tipo de tumor (Dezembro Laranja), o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha com o tema “Onde há sol, deve haver proteção. Previna-se do câncer de pele.”, para estimular atitudes que podem prevenir o aparecimento da doença. Para saber mais acesse www.hcp.org.br/dezembrolaranja
Para iniciar a campanha, o HCP promove uma ação informativa, em frente ao hospital, na próxima segunda-feira (02), às 7h. Serão distribuídos protetores solares e folders informativos. Já no sábado (7), das 9h às 15h, o hospital será uma das instituições participantes do mutirão de atendimento e cirurgias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBDPE). Pessoas que tiverem suspeita de câncer de pele podem procurar o setor de triagem no HCP, nesse dia. Já no dia 12 de dezembro, quinta-feira, às 14h, o HCP promoverá uma palestra para médicos e enfermeiros da atenção básica, com o objetivo de capacitar para o diagnóstico e conduta do câncer de pele. “É preciso que o paciente fique atento e busque a atenção básica ao menor sinal de suspeita de um câncer de pele. Se houver diagnóstico, temos especialistas para tratamento e cirurgia. As chances de cura, quando há tratamento precoce, são de mais de 90%”, explica o oncologista clínico e superintendente geral do HCP Hélio Fonseca.
O câncer de pele é um tumor maligno provocado pela multiplicação desordenada de células na região da pele e se apresenta em dois tipos, o câncer de pele melanoma e não melanoma (carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide). O primeiro é o mais agressivo dos dois, devido sua alta probabilidade de provocar metástases (disseminação para outros órgãos), mas também o mais raro deles, correspondendo a 3% das neoplasias malignas no órgão. No entanto, as chances de cura são de mais de 90%, quando há o diagnóstico precoce. Os principais sintomas são aparecimento de pintas escuras, com bordas irregulares ou mudança em uma mancha já existente. Ainda pode incluir coceira, sangramento, e não cicatrização da área. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente na região do tronco, no caso dos homens; e nas penas, no caso das mulheres.
O tipo não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os sinais se apresentam de forma variada como pele áspera e descamação da pele, mas em geral são feridas que sangram e não cicatrizam. As localizações mais comuns são as áreas expostas ao sol, como careca, rosto, pescoço e braços. “Além da exposição frequente ao sol, a cor da pele é um dos principais fatores de risco. Pessoas de pele branca, ruivas, olhos e cabelos claros tem mais chance de ter o câncer de pele”, destaca a dermatologista do Hospital de Câncer de Pernambuco, Mecciene Mendes. Nos dois casos, sendo detectado precocemente, o câncer de pele tem 90% de chances de cura.
Para a prevenção de todos esses cânceres da pele, a recomendação principal é evitar a exposição prolongada ao sol, especialmente no horário das 9h às 15h, e para pessoas cujas atividades profissionais são desenvolvidas nesses horários, usar sempre protetor solar e acessórios como chapéus e camisas com proteção UV. “Nós estamos diariamente expostos ao sol. Vivemos em um país tropical e próximo ao litoral, precisamos proteger nossa pele sempre. No caso da pele branca é recomendável que se utilize o protetor solar fator 30, repetindo a cada duas ou três horas. Já para peles pretas/negras ou marrons/pardas, o fator 15 é suficiente, mas, também deve ser reaplicado em intervalos curtos”, completa Mecciene.
Números do câncer de pele: segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o tipo melanoma representa 3% das neoplasias malignas do órgão. A estatística é que, em 2018, fossem contabilizados 6.260 casos, do tipo melanoma, ocasionando 1.794 mortes. No tipo não melanoma, 165.580 casos, com 1.958 mortes.