O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) implantou as Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A ação tem o objetivo de promover melhorias na assistência à saúde dentro das instituições hospitalares que fazem internamento no mundo. São elas: identificação correta do paciente (Meta 1), melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde(Meta 2), melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração dos medicamentos (Meta 3), assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente certo (Meta 4), higienizar as mãos para evitar infecções (Meta 5) e reduzir risco de quedas e úlceras por pressão (Meta 6).
No HCP, para a execução de cada meta, foram criados protocolos, fluxos que norteiam e gerenciam as ações que contribuem para o sucesso na implantação das metas. “Todos os profissionais envolvidos passaram por treinamento, através da Educação Continuada, ferramenta utilizada pela Gerência de Qualidade do HCP para compartilhar e capacitar os colaboradores”, destaca Renata Gomes Galindo, coordenadora do gerenciamento de risco. Os documentos foram baseados no protocolo oficial, criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que controla, no Brasil, a aplicação das metas nos hospitais.
Para a implantação da Meta 1, por exemplo, os pacientes do HCP passaram a usar pulseiras brancas informativas (com dados pessoais), indicando o setor de atendimento, assim como os acompanhantes, que também passam a usar pulseiras coloridas, que permitem o acesso às dependências hospitalares. Para melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde (Meta 2), foi criado um fluxo interno para o repasse das informações diárias, prevenindo eventos adversos decorrentes de falhas nos processos de comunicação. Para a Meta 3, garantindo uma melhor administração dos medicamentos, etiquetas coloridas passam a destacar os medicamentos controlados, de alta vigilância e refrigerados, minimizando possíveis eventos adversos à segurança dos pacientes, seja no preparo, na distribuição ou na aplicação dos remédios. “Além dos medicamentos segregados por cores, foi implantado o protocolo para pacientes alérgicos, onde é utilizada uma pulseira para identificar esses pacientes, com a finalidade de promover práticas seguras na assistência, identificando grupos de risco de alergia, proporcionando assim condições adequadas ao atendimento hospitalar, estabelecendo prevenção e principalmente adequado tratamento frente a reações graves e com risco de vida”, destaca Raphaela Muniz, gerente de qualidade.
A implantação do protocolo da Meta 4 teve como objetivo adotar medidas visando aperfeiçoar a comunicação entre os profissionais envolvidos, possibilitando, assim, o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Evitar a transmissão de infecções, de forma direta e indireta, através da higienização das mãos, faz parte das ações estimuladas diariamente dentro do HCP. Como forma de intensificar essa importante atitude, a campanha ADORNO ZERO foi retomada, além do aumento do quantitativo de dispensadores de álcool 70% e sabão em toda a instituição. Visando a efetividade desta ação (Meta 5), também foi realizada a aplicação de adesivos com o passo a passo da lavagem das mãos em todos os dispensadores, além de adesivos sobre a não utilização de adornos.
Por fim, para a Meta 6, com o objetivo de reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos setores de internamento e os danos decorrentes dela, o protocolo indicou medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente na sua admissão no hospital e após procedimentos, e a garantia do cuidado multiprofissional em um ambiente seguro. Já o protocolo de prevenção de úlcera por pressão (UPP) também foi criado para prevenir outras lesões da pele. “Ambos os protocolos promovem iniciativas para educação do paciente, familiares e profissionais de saúde”, acrescenta Raphaela.
A implantação das seis Metas OMS firmam a proposta institucional do HCP, que visa reconhecimento pela qualidade no atendimento oncológico para pacientes do SUS, com ênfase em sustentabilidade e satisfação dos usuários. Atualmente, o HCP obtém 31% dos leitos oncológicos de Pernambuco, é responsável por realizar 48% das cirurgias de mama, 75% das cirurgias de cabeça e pescoço do estado. A instituição ainda possui serviços próprios de quimioterapia (4.140 ao mês) e radioterapia (11.469 ao mês), além de oferecer a única urgência exclusivamente oncológica (1.254 atendimentos ao mês).