Quarto tipo mais frequente em homens e o terceiro mais frequente em mulheres na região Nordeste, o câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, especificamente nas regiões chamadas de cólon, reto e ânus. Como forma de alertar para a importância da prevenção contra este tipo de tumor que, se diagnosticado precocemente, apresenta chances de cura, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) apoia a campanha Março Azul Marinho, mês de combate e prevenção ao câncer colorretal.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimam-se, para o ano de 2019, 2.260 novos casos para o sexo masculino e 2.800 para o feminino no Nordeste. Entre os principais fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento da doença estão obesidade, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e alimentação rica em carnes processadas. Além disso, este tipo de tumor apresenta maior incidência em pessoas de raça negra, de idade acima de 50 anos e em pessoas com síndromes hereditárias. “Cerca de 5% das pessoas que desenvolvem câncer colorretal herdaram mutações genéticas que causam a doença”, esclarece Dr. Mario Rino, cirurgião oncológico do HCP.
Outros fatores que contribuem para o aparecimento deste tipo de tumor são histórico de pólipos adenomatosos – lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso –, histórico pessoal ou familiar de câncer colorretal – ou seja, pessoas que já tiveram este tipo de câncer, mesmo que tenha sido tratado cirurgicamente, ou que possuem familiares que já foram diagnosticados com a doença –, e histórico de doença inflamatória intestinal. De acordo com o Dr. Mario Rino, “Pessoas que apresentam doença inflamatória intestinal, como colite ulcerativa e doença de Crohn, com evolução de longa data, têm maiores chances de desenvolver câncer colorretal. A doença inflamatória intestinal é diferente da síndrome do intestino irritável, que não aumenta o risco de desenvolvimento da doença”.
Os sinais de manifestação do câncer colorretal são: dores locais (no abdômen, pélvis ou reto), sangue nas fezes, constipação, diarreia, fezes finas, náusea, obstrução intestinal, anemia, fadiga, perda de apetite, perda de peso, entre outros. A detecção precoce do tumor pode ser feita em pacientes que tenham histórico familiar de diagnóstico de câncer por meio de exames de rastreamento que avaliam se há alguma possível alteração relacionada ao tumor antes mesmo do surgimento dos sintomas. Esse rastreio é feito com base no histórico clínico do paciente e no exame físico realizado pelo médico. Para os pacientes que já apresentaram os sintomas da doença, o diagnóstico é feito através da investigação com exames clínicos, radiológicos ou laboratoriais.