Os linfomas são cânceres que se originam de alterações nas células do sistema linfático ou linfonodo (mais conhecido como íngua ou gânglio). Recentemente, o ator Edson Celulari descobriu que foi atingido por um desses tipos de câncer hematológico, chamado de Linfoma de Não-Hodgkin. Para esclarecer o assunto, conversamos com a Hematologista Oncológica Danielle Padilha. Ela explicou que basicamente a diferença entre o Hodgkin e o Não-Hodgkin é a célula acometida. O Hodgkin atinge uma célula chamada reedsternbergh, os demais são classificados como Não-Hodgkin, cuja representatividade ultrapassa os 20 subtipos.
De maneira geral, os sintomas são muito parecidos com os demais linfomas e o paciente pode apresentar caroços ou ínguas nas regiões do pescoço, virilha e axilas, associados à febre, perda de peso, excesso de suor à noite, algumas vezes, a lesões na pele. O mais importante é detectar precocemente a doença para iniciar o tratamento o mais rapidamente possível e evitar infecções graves.
As chances de cura para o Não-Hodgkin ultrapassam os 60%, porém, vale salientar que alguns fatores como iniciar o tratamento rapidamente e o subtipo do linfoma podem influenciar. Quanto mais agressivo for o câncer, mais chances de cura, visto que a replicação das células cancerígenas ajudam a absorver as drogas ministradas na quimioterapia. O tratamento é quimioterápico, mas pode estar associado à imunoterapia (que atinge somente a célula cancerígena) e também à radioterapia e à transplantes de medula. A média do tratamento varia entre 6 e 8 meses.