O câncer de ovário corresponde hoje a um dos cânceres com índice de mortalidade mais alta, apesar da baixa incidência. Ao todo, são 250 mil mulheres diagnosticadas no mundo com esta doença, havendo mais de 140 mil óbitos por ano. Porém, apesar dos números, é preciso deixar claro para a população que esta é também uma doença que precisa da atenção de todos, afinal, é o sétimo tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo o mundo, sendo o câncer ginecológico mais grave.
Não importa se o país é desenvolvido ou se é pobre, as chances da doença são as mesmas. O maior problema, entretanto, é que este tipo de câncer não apresenta sintomas claros nem aparentes no início da doença. Para prevenir, os médicos indicam a não ovulação, ou seja, utilizar anticoncepcionais ou ter bastante filhos ao longo da vida.
Alguns indícios podem ajudar o médico a identificar a doença:
• Aumento do volume abdominal / inchaço contínuo (não é o inchaço casual)
• Dificuldade de comer / sensação de plenitude
• Dor abdominal ou pélvica
• Necessidade urgente e frequente de urinar
Porém, todos os sintomas acima podem ser facilmente confundidos com outras alterações no organismo. Portanto, o foco de atuação dos ginecologistas oncológicos são as pessoas com síndromes hereditárias com pré-disposição ao câncer, correspondendo a 15% dos casos de câncer de ovário.
Mas o que são síndromes hereditárias com pré-disposição ao câncer? São pessoas que, com avaliação assertiva, teriam mais chances genéticas de desenvolver o câncer de ovário. Nessas pessoas, cirurgias profiláticas e preventivas podem ser realizadas para que este câncer não apareça, caso fique comprovado, através de exames e rastreamento adequado, que as chances de a doença aparecer são altas.
Para as demais mulheres que não estão neste grupo, como não existem testes de detecção precisos e seguros para o câncer de ovário, é preciso ficar atento a alguns fatores de risco. Por exemplo: a maioria dos casos de câncer de ovário ocorre em mulheres com mais de 55 anos, mulheres que têm dois ou mais parentes que tiveram câncer de ovário, da mama, do cólon ou do útero, mulheres que não tiveram filhos, que nunca tomaram a pílula anticoncepcional, que iniciaram o período menstrual muito cedo ou cuja menopausa começou mais tarde do que a média e ainda mulheres que já tiveram endometriose. Mas nada disso significa que a mulher terá câncer de ovário.
Genética: O risco também aumenta quando a pessoa é portadora de anormalidades nos genes BRCA1 ou BRCA2 (genes que ajudam a reparar os danos nas células). É importante falar com o médico para saber qual poderá ser seu risco pessoal. Se você tiver antecedentes familiares de pessoas com câncer de mama ou de ovário, conforme indicado acima, sugerimos procurar aconselhamento genético. Nesses casos, a cirurgia preventiva é indicada.
Diagnóstico e tratamento
Embora não haja como saber com precisão se a mulher tem realmente é câncer de ovário, alguns exames ajudam a contextualizar melhor a doença, junto com a história clínica do paciente. Os exames são os seguintes:
• Exame pélvico completo
• Ultrassom pélvico ou transvaginal
• Exame de sangue CA-125
Caso a suspeição seja de relevância, com lesões no ovário características, o médico poderá pedir a retirada dos ovários por cirurgia. Todavia, a biopsia é a única maneira definitiva de diagnosticar o câncer de ovário. Caso seja comprovado o diagnóstico, após a fase patológica, é importante salientar que poderá ser feito, ainda, o uso do tratamento quimioterápico.
É uma doença rara e de difícil diagnóstico. Mas, procure lembrar-se de que os sintomas são muito semelhantes aos de outras doenças, portanto, não hesite em procurar ajuda médica e tentar levar uma vida mais equilibrada, com alimentação saudável e atividades físicas.