O Dia do Fisioterapeuta foi marcado no Hospital de Câncer de Pernambuco, com a realização do II Simpósio de Fisioterapia em Oncologia do HCP. O evento, que ocorreu na manhã desta terça feira (13), reuniu profissionais fisioterapeutas com o objetivo de compartilhar conhecimentos e experiências dentro do universo amplo e importante no qual consiste o trabalho da fisioterapia. Na mesa de abertura estiveram presentes o superintendente médico do Hospital, dr. Fábio Malta, a coordenadora geral de Fisioterapia, Luciana Mergulhão, e a coordenadora de Fisioterapia da UTI, Amanda Melo.
Na primeira palestra, foram discutidos os benefícios da Fisioterapia pré-operatória e como realizá-la de uma maneira segura. A fisioterapeuta Mariana Lopes, que falou sobre o tema, destacou a importância de outros profissionais no pré-operatório, como o fonoaudiólogo e o nutricionista, uma vez que estas outras especialidades também influenciam diretamente na qualidade de vida e na recuperação do paciente.
Posteriormente, na palestra do fisioterapeuta Donato Braz, foram destacadas as estratégias de prevenção e reversão da mobilização precoce, ou seja, o processo de intubação e suporte ventilatório para o paciente. O fisioterapeuta relatou ainda importância da Fisioterapia para os cuidados paliativos, responsável por proporcionar ao paciente o conforto respiratório, a diminuição de dor e a qualidade de vida.
A fisioterapeuta Hellen Santos tratou de outro tema bastante pertinente: Tratamento do maps nas sequelas decorrentes da prostatectomias, mais conhecido como “incontinência urinária”. Esse problema pode prejudicar a qualidade de vida do paciente, acarretando alguns problemas psicológicos, como depressão, ansiedade e insônia. Além disso, a incontinência pode acarretar infecções e constrangimentos que causam impacto na auto-estima do paciente. Saber como conduzir os procedimentos de forma responsável e atenta é fundamental para a recuperação do paciente, que pode vir a ter melhoras importantes. Para isto, Hellen afirma que a escuta ao paciente se faz necessária.
A quarta e última palestra foi dirigida pelo fisioterapeuta Silano Barros. Nela, foram discutidas as questões que dizem respeito aos conselhos e sindicatos profissionais e sobre mudanças legais que ocorreram nos últimos 45 anos. Silano ressaltou a importância de construir uma categoria mais politizada e mais participativa, pois dentre cerca de 6 mil fisioterapeutas, apenas 70 são sindicalizados. Para ele, sem a participação dos profissionais fisioterapeutas, a luta por mudanças e melhorias se torna cada vez mais difícil.