Que uma boa alimentação é necessária para o bem estar, todos já sabem. O consumo de uma alimentação balanceada e rica em legumes, frutas e verduras é fundamental para uma vida saudável. Mas quando se trata de um paciente oncológico, os cuidados devem ser ainda mais específicos.
O tratamento de câncer busca a eliminação das células cancerígenas, mas durante esse processo algumas células sadias também são afetadas e os efeitos colaterais do tratamento podem prejudicar a nutrição do paciente. O que deve ser feito para que isso não ocorra? É aí quando começa o trabalho do nutricionista.
A assistência nutricional se inicia com a prevenção e a redução da desnutrição. Isso irá reduzir possíveis complicações e, claro, melhorar a qualidade de vida do paciente. Responsável por acompanhar o paciente durante todo o tratamento, o nutricionista realiza inicialmente uma avaliação, que ajudará no diagnóstico. A partir daí, o profissional determina os alimentos e os nutrientes que serão necessários ao paciente.
“A gente precisa ter um olhar muito apurado para o paciente, o profissional tem que estar muito presente para escutar o paciente em todos os momentos”, afirma Edla Karina, nutricionista do Hospital de Câncer de Pernambuco há nove anos. “O nutricionista sabe como manter o estado nutricional do paciente, mas é preciso lembrar que lidamos com pessoas com hábitos e histórias diferentes. Este é um momento difícil para eles, então é preciso saber respeitar o tempo do paciente também”, completa Edla.
Além da desnutrição, alguns cânceres, como os de cabeça e pescoço, afetam diretamente as vias naturais de alimentação e isto faz com o que o paciente precise utilizar vias alternativas (sondas) para poder se nutrir. Cada tipo de tratamento requer um cuidado específico e uma atenção individualizada.