Triagem, consultas, exames e alguma ansiedade para então chegar ao mais esperado: o diagnóstico. Você já parou para pensar em como tudo isso acontece? Alzira de Melo, citotécnica do Hospital de Câncer de Pernambuco há 54 anos e chefe da secretaria do Departamento de Patologia, conta como tudo começou: “Só existiam três pessoas trabalhando aqui. O que antes era pequeno, hoje eu posso dizer que mudou e avançou bastante”.
Para entender como funciona atualmente este departamento é preciso saber que, tudo começa ainda na triagem, que é o primeiro contato do paciente com o Hospital. Depois, ele é encaminhado aos especialistas para, se necessário, ser levado à cirurgia e/ou exames. Os mais conhecidos são a biópsia e a punção, ambos realizados dentro da Patologia.
O material colhido chega à secretaria da Patologia juntamente com a requisição do médico e com os dados do paciente (aqueles já armazenados na triagem), para que eles possam ser registrados também no departamento, uma vez que os funcionários precisam ter o controle de tudo o que chega e de tudo o que sai, já que se tratam de exames muito sérios.
Em seguida se inicia um processo chamado Mascrocopia, fase na qual ocorre a descrição do material e a identificação de fatores importantes para a análise do diagnóstico, com indícios do possível resultado. Cada etapa é realizada minuciosamente e todos os profissionais precisam estar permanentemente atentos ao que está sendo feito.
Após esta fase que envolve empenho profundo da equipe, o trabalho continua. O material segue para as mãos dos médicos patologistas, que se encarregam em fechar o diagnóstico. O resultado, assim como todos os dados dos pacientes, vão para a preparação do documento, que vai voltar para o médico especialista.
Agora fica mais simples entender como tudo acontece, e, sobretudo, compreender a importância de um departamento que se empenha incessantemente para que diagnósticos seguros cheguem às mãos dos médicos. Notoriamente, o trabalho desta equipe é fundamental pois, sem eles, o tratamento não se inicia. “Nós trabalhamos com vidas, então é preciso ter todo o cuidado, todo o carinho e toda a atenção do mundo”, finaliza Alzira de Melo.