A descoberta do câncer quase sempre é um choque para o paciente e para a família. Por ser uma doença ainda mistificada, rodeada de medos e de preconceitos, para algumas pessoas, o fato de ter um possível diagnóstico de câncer já gera uma enorme inquietação, que se não for controlada, dificultará no tratamento.
Por isso, a dúvida surge. Como posso fazer da minha mente uma aliada? Primeiramente, é preciso entender que mente e corpo caminham juntos, então se a saúde física interfere no emocional, a mente também influenciará no físico. “Cientificamente é comprovado que a mente interfere no sistema imunológico, então se o paciente possui um bom equilíbrio emocional, isso vai fazer o sistema imunológico trabalhar melhor.”, afirma Érika Neves, psicóloga do HCP há oito anos.
O trabalho do psicólogo é acompanhar o paciente em todos os momentos, desde o diagnóstico até a internação e o tratamento, para que ele consiga enfrentar o percurso com mais resiliência. Os atendimentos podem ocorrer uma vez por semana ou somente quando o paciente sentir a necessidade de procurar apoio, uma vez que os níveis de fragilidade variam de um paciente para outro.
E a família? Às vezes a família se apresenta mais abalada com a notícia do que o próprio paciente, então também é papel do psicólogo dar este apoio às famílias, para que elas possam cumprir a função de ser um suporte para o familiar. “Os psicólogos vão até onde há demanda, seja nas enfermarias, no ambulatório ou até mesmo nos corredores, eles devem ir até onde o paciente ou a família precisarem”, afirma Érika Neves. E nos casos de óbito, a família também contará com o amparo deles.
Cuidar da saúde mental é cuidar de um todo, é aprender, aos poucos, a lidar com sigo e com o mundo, para moldar suas atitudes e fazer escolhas melhores.