Ele é palestrante e um dos líderes do movimento Novo Jeito, que vem, entre outras coisas, engajando pessoas para ações sociais em Pernambuco. Formado em Administração de empresas, Fábio Silva escolheu como área de atuação o Empreendedorismo Social, um segmento que visa equilibrar os negócios com impactos sociais em alta escala.
Fabinho, como também é conhecido, vê nas pessoas a oportunidade de mudar os ambientes em que vivemos. O blog HCP conversou com ele para entender melhor a sua visão de vida. Confira.
Fábio, o que é empreendedorismo social?
Empreendedorismo social não diverge muito do que conhecemos como empreendedorismo puro. A diferença, entretanto, é que o negócio não está ligado ao lucro e à transferência de capital, mas, sim, aos impactos causados socialmente e em alta escala. Existem alguns líderes sociais no país, mas alguns ainda não enxergam como equilibrar o negócio social das ações. É um conceito muito utilizado e difundido em diversos países. Por exemplo, o Novo Jeito tem como características das ações o alto engajamento de pessoas, o baixo custo e a criatividade. Uma nova geração de profissionais está chegando com ideias novas de negócio que entram no leque do empreendedorismo social, como clínicas dentárias que abrem o espaço para atendimento de pessoas necessitadas em determinado dia da semana.
Como você se vê no contexto social, hoje?
O que mais mexe comigo é fazer pessoas se levantarem da frente de seus computadores, largarem seus telefones e irem às ruas para ações sociais. Atuo no empreendedorismo social há cinco anos e não sou eu quem está fazendo, são as pessoas, impulsionadas pelo Novo Jeito. É esse engajamento da própria sociedade que está fazendo que seres humanos passem a olhar para o outro com mais amor. A classe média, bastante ativa em nosso movimento, não consegue mais ser feliz em uma sociedade onde não é possível pensar no próximo.
Em que consiste o Mais Vida?
Consiste em convocar a sociedade para um dia de trabalho humanizado em uma unidade hospitalar. Além de levar carinho para os colaboradores, também levaremos uma palavra de conforto para os pacientes, o que ajuda na reabilitação.
E esta edição no HCP, como será?
A gente percebeu que, convocando a sociedade poderíamos deixar legados importantes que ficarão nos hospitais por um bom tempo. Este ano, por exemplo, convocamos 18 arquitetos que já conhecem o Novo Jeito para reformar 16 ambientes do HCP. Eles aderiram completamente à causa e, no dia 18, estaremos abraçando o HCP para comemorar mais esta conquista.
Por que o Hospital de Câncer?
Primeiro, acreditamos muito na seriedade do HCP e na sua gestão. Todos os colaboradores têm paixão pelo Hospital de Câncer. Depois, tudo que fizemos nas outras edições está muito bem cuidado até agora e isso fortalece muito a nossa vontade. E, por fim, a sociedade vê a luta contra o câncer e o HCP como uma causa. Ela respeita o HCP e sua história de uma maneira muito verdadeira.