No compromisso contínuo de oferecer o melhor cuidado e tratamento aos seus pacientes, os fonoaudiólogos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) participaram, nesta sexta-feira (5), de um treinamento focado em um novo método de reabilitação vocal para pacientes laringectomizados. O treinamento, intermediado pela fonoaudióloga Erika Espíndola e conduzido pela Dra. Vaneli Rosi Colombo, introduziu a equipe ao uso do método de estimulação de voz esofágica através da sonda de avaliação/estimulação esofágica. A técnica ainda não é utilizada como método de reabilitação, mas está sendo estudada pelos profissionais de saúde da área.
Inovação no Tratamento Vocal
O método de reabilitação vocal com sonda de avaliação/estimulação esofágica representa um avanço significativo na terapia para pacientes que passaram pela laringectomia, um procedimento onde a laringe é removida, geralmente devido ao câncer. A técnica envolve a aplicação de uma sonda especial via nasal até o esôfago, promovendo a estimulação da voz esofágica.
Segundo a fonoaudióloga Erika Espíndola, que intermediou o treinamento, “este aprendizado é ímpar para a equipe, de baixo custo e de alto retorno. Traz um novo modo para auxiliar o paciente, que evita procedimentos mais invasivos, como a cirurgia, diminuindo o tempo de reabilitação. Esperamos que com o tempo, seja possível utilizar esse método no HCP”, destaca.
Benefícios do Método
A introdução do método de reabilitação vocal com sonda de avaliação/estimulação esofágica traz vários benefícios notáveis:
- Menos Invasivo: Evita a necessidade de procedimentos cirúrgicos adicionais, proporcionando uma abordagem menos invasiva para a reabilitação vocal.
- Reabilitação Acelerada: Reduz o tempo necessário para que os pacientes recuperem sua capacidade de comunicação vocal.
- Custo-efetivo: Representa uma opção de tratamento acessível e de baixo custo, viável para um maior número de pacientes.
Colaboração Interdisciplinar
Durante o treinamento, foi essencial a colaboração da equipe de enfermagem do departamento de cabeça e pescoço, Antônio Otagnan. Como a aplicação da sonda esofágica por via nasal não pode ser realizada diretamente pelos fonoaudiólogos, a equipe de enfermagem desempenhou um papel crucial na realização deste procedimento, garantindo a segurança e a eficácia da aplicação.
Além da Dra. Vaneli Rosi Colombo, que também é fonoaudióloga, a Bravoz, fabricante da sonda, também esteve presente.