O câncer colorretal, que acomete parte do intestino grosso (cólon), reto e ânus, é uma das neoplasias mais incidentes no Brasil, sendo o terceiro tipo mais frequente. Com o objetivo de reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) aderiu à campanha Março Azul-Marinho, mobilização nacional dedicada à conscientização sobre o câncer colorretal. Confira essas e outras dicas no site e nas redes sociais do Hospital de Câncer de Pernambuco (hcp.org.br e @sigahcp).
De acordo com estimativas recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 45.630 novos casos são esperados da doença no Brasil em 2025, sendo aproximadamente 3.100 novos casos para o sexo masculino e 3.930 para o feminino na região Nordeste. “O câncer colorretal pode ser silencioso em seus estágios iniciais, mas se diagnosticado precocemente apresenta altas chances de cura, chegando a 90% dos casos. Por isso, a prevenção e o rastreamento são fundamentais”, destaca a cirurgiã oncológica e coordenadora do serviço de cirurgia oncológica do HCP, Maria das Graças Lapenda.
Fatores de risco e prevenção
Entre os fatores de risco para o câncer colorretal estão obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e uma dieta rica em carnes processadas. Pessoas acima de 50 anos, especialmente de etnia negra, ou com histórico familiar da doença devem ter atenção redobrada.
Os cânceres de cólon e reto apresentam alto potencial para prevenção primária, com a promoção à saúde por meio de estímulo a hábitos de vida e dietéticos saudáveis, e secundária, a partir da detecção precoce. A prevenção passa por hábitos saudáveis, como manutenção de uma dieta equilibrada, rica em fibras e pobre em alimentos ultraprocessados, prática regular de atividades físicas, além de consultas regulares ao médico.
Sinais de alerta
Os principais sintomas incluem sangue nas fezes, dores abdominais persistentes, alterações no ritmo intestinal (constipação ou diarreia), fadiga, perda de peso inexplicada e anemia. “Ao perceber qualquer um desses sinais, é fundamental buscar um serviço de saúde para investigação”, orienta a especialista.