O jornalista Léo Batista, uma das vozes mais marcantes do jornalismo esportivo, faleceu neste último domingo (19), aos 92 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas. Ele estava internado desde o dia 6 de janeiro em um hospital particular no Rio de Janeiro. O tumor maligno nessa região é considerado perigoso por não apresentar sintomas nas fases iniciais, o que pode resultar em um diagnóstico mais tardio em um estágio mais agressivo.
De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pâncreas possui alta taxa de mortalidade, justamente por causa da ausência de sinais no começo da doença. Quando uma pessoa vem sentir alguns sinais, geralmente aparece como uma dor abdominal forte, perda de peso sem um motivo explicável, olhos e pele amarelados e náuseas.
Dr. Rodrigo Medeiros, oncologista do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), explica que é possível identificar o câncer de pâncreas no começo através de exames de imagem ou quando o paciente apresenta algum problema pancreático, “aí sim há chances de cura porque conseguimos detectar antes mesmo do surgimento dos sintomas”.
O que causa o câncer de pâncreas?
Um dos fatores de risco é a idade avançada, como no caso do jornalista Léo Batista.
“Questões esporádicas como diabetes, obesidade, má alimentação, assim como em todos os outros cânceres, esses fatores têm uma forte influência. O tabagismo também é um fator importante, além de questões genéticas”.
Sem contar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pâncreas é o 14º mais comum entre os tipos de câncer. O Inca estima-se que, no Brasil, surjam 10.980 novos casos de câncer de pâncreas a cada ano no período de 2023 a 2025, o que representa uma taxa de 5,07 casos por 100 mil habitantes. Desse total, 5.290 casos são esperados em homens e 5.690 em mulheres.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o câncer de pâncreas, de acordo com o Inca, é adotar um estilo de vida saudável. Algumas orientações importantes incluem:
- Evitar a exposição ao tabaco, tanto de forma ativa quanto passiva;
- Manter um peso corporal adequado, pois o excesso de gordura (sobrepeso e obesidade) aumenta o risco de desenvolver diabetes, o que, por sua vez, eleva as chances de câncer de pâncreas.