Por mais que estejamos avançando em debates a respeito de hábitos e comportamentos, falar sobre saúde íntima masculina segue sendo um tabu. A falta de informação é um dos principais problemas que impede a conscientização sobre doenças e cuidados básicos para uma melhor saúde e qualidade de vida. A prova disso é que existem cânceres que podem ser totalmente evitados. Um deles é o câncer de pênis, considerado raro, mas que pode levar a amputação do órgão.
O câncer de pênis tem maior incidência nos homens com mais de 50 anos, embora possa atingir pessoas mais jovens. Basicamente, o principal fator de risco é a higiene íntima inadequada, muitas vezes, relacionada a falta de acesso decorrente da condição socioeconômica.
Outras causas são determinantes: atividade sexual desprotegida, infecção por HPV, tabagismo.
Dr. Leônidas Nogueira, médico urologista, fala ainda de um outro fator, a fimose.
“A fimose é o excesso de pele que recobre o pênis, muito comum em crianças. Essa condição pode ocasionar em doenças devido a dificuldade de higiene na região. Nesse caso, a cirurgia de postectomia deve ser realizada”.
Dados do Ministério da Saúde são bem alarmantes: de 2012 a 2022, foram diagnosticados mais de 21 mil casos, tendo 6,4 amputações do órgão genital. E, entre 2011 e 2021, a doença ocasionou mais de 4 mil mortes.
Falar sobre câncer de pênis é fundamental para evitar o surgimento e avanço da doença.
“Ao notar qualquer lesão suspeita, como: uma verruga, ferida no local ou, até mesmo, uma mancha na pele do órgão, é indispensável a ida ao urologista o mais rápido possível”, alerta.