O diagnóstico de câncer de mama pode mexer com sentimentos de uma mulher que, muitas vezes, nem sabe que os tem. Ou pode provocar necessidades tão urgentes como quem tem pressa para viver. Mas ao mesmo tempo, pode ensinar que não ter pressa é o caminho certo para fazê-la identificar aquilo que é verdadeiramente importante.
Desde quando descobriu o câncer, Denice de Araújo, 35, passou por momentos nos quais quis correr contra o tempo: “Estou com câncer, vou morrer”, pensou quando sua médica anunciou o resultado: câncer tipo luminal B, um tumor de relação hormonal.
“Fui para o Google entender minha doença”, arriscou, seguindo o seu ímpeto de mulher que sempre buscou se conhecer e entender o seu corpo.
Denice é uma mulher que não tem receio de expressar seus sentimentos, ela sentiu muitas coisas no decorrer da sua trajetória enquanto uma paciente com câncer, mas nunca perdeu a determinação, até quando sua autoestima foi impactada pela perda do seu cabelo.
“O que me pegou foi a queda do meu cabelo”. Lembra.
Perder o cabelo é uma dor para muitas porque talvez seja a marca mais aparente do câncer. O que Denice aprendeu e aprende todos os dias é que tudo passa, cabelos crescem e a rotina, volta.
Como uma mulher que tem uma rede de apoio, ela tem a consciência de que várias outras não têm. A rede de apoio e de afeto para alguém em tratamento de câncer, é importante, pois transmite força. Denice possui muita força, porém os momentos de tristeza existem e ela assume isso.
“Sou uma mulher determinada pela cura, porém quando quero chorar, eu choro. Nada do que estou passando é fácil, mas quando enxugo minhas lágrimas, sigo a minha batalha de cabeça erguida”, explica Denice. Para ela. O câncer é seu adversário. E ela enxerga a batalha como um jogo do qual ela não quer perder.
Em tratamento no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Denice busca passar a força que tem para outras mulheres. Ela vislumbra um futuro muito mais leve e cheio de experiências na vida pessoal e profissional. Hoje, a coisa que mais importa para Denice, é viver.
Este texto é sobre uma grande mulher l Dia Internacional da Mulher