Exposição De Peito Aberto busca doações para o HCP

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Idealizada pelo Empório Barrozo, Gastro Bar na Rua da Aurora, a Exposição Fotográfica DE PEITO ABERTO já está aberta para visitação do público. A ação faz parte do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama e conta com a participação de seis pacientes do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). O projeto é uma iniciativa do Empório Barrozo e do fotógrafo Moisés Jorge e produção visual de Patrícia Góes. A exposição está disponível desde o último dia 21 de outubro e vai até o dia 21 de novembro, de quarta a domingo, a partir das 14h. No local, os frequentadores poderão realizar doações HCP através de QRCOD’s expostos na galeria, para contribuir com o tratamento do paciente oncológico.

“Quando pensamos em um paciente em tratamento de câncer a primeira coisa que nos vem na cabeça é uma pessoa debilitada, triste. O que estaremos mostrando na exposição são momentos plenos e de felicidade, mesmo em uma fase tão difícil de quem tem a doença e passa por tratamentos muitas vezes difíceis. O objetivo é mostrar que deve existir “SIM” alegria em todos os momentos da nossa vida” ressalta o idealizador da exposição Carlos Pachêco.

A exposição está aberta ao público gratuitamente. “Quando Carlinhos me jogou a ideia assinei em baixo na hora. Até porque o nosso empório não nasceu apenas para ser um lugar onde se bebe e se come, e sim com o objetivo de ajudar ao próximo. Essa é uma das maiores missões do ser humano nessa vida e nós não poderíamos deixar de colaborar com o Hospital do Câncer que realiza um trabalho lindo para o nosso estado” ressalta Ana Paula Góes proprietária do Empório Barrozo.

A jornalista Natascha Costa deu um toque ainda mais especial à exposição. Ao lado de cada painel, o cliente poderá conhecer um pouco mais sobre a história de cada paciente. Em belíssimas palavras, Natascha relata o que o sentimento de cada um ao receber o diagnóstico de câncer, o que eles pensaram na hora que souberam e o rumo decidiram dar para sua vida após a notícia.

Confira as fotos da exposição e conheça cada uma dessas histórias, mas não deixe de conferir pessoalmente e ajudar o HCP.

 

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Maria Luiza Rodrigues

48 anos

Aposentada

Viúva

Mãe de uma filha

Mastectomia Total unilateral

Quimoterapia: 28

Radioterapia: 27

 

Ela tinha 23 nos e uma filha de seis meses, quando a vida mudou completamente. Não bastasse a maternidade e todo o rebuliço que causa no dia a dia das mulheres, Luiza descobriu um câncer que iria testar todos os limites da mente e do corpo dela. “Eu recebi o diagnóstico, mas nem sabia da gravidade da doença. Na verdade eu não tava entendendo nada. Era tudo muito estranho e complicado pra mim”. E não era pra menos. Luiza teve um tipo de tumor muito agressivo, que era retirado e, com cerca de 15 dias, reaparecia. Ao todo foram 28 cirurgias, que fizeram até os médicos desacreditarem de uma possível cura.  “Eu me sentia perdida e fui praticamente adotada por um casal de voluntários do HCP, que me acolheu em tudo. Cheguei a ir pra casa deles e ganhar os remédios que eu não tinha a menor condição de comprar”, lembra. Esse casal era Alciete e Hermes Darci, mais conhecido como HD. Luiza não cansa de falar da importância desses dois anjos, como ela gosta de chamá-los, na vida dela. Mas também lembra o apoio que recebeu do marido, da família e de todos do HCP. A história dessa mulher que enfrentou bravamente as intermináveis sessões de quimio e radio, a perda do marido durante esse processo e viu a filha crescer entrando e saindo de hospital, foi contada no livro ‘O Sorriso de Luiza’, escrito por Gil Acioly.  E é esse sorriso que a gente vê o tempo todo no rosto dessa mãe dedicada que se tornou o maior exemplo de força, coragem e amor ao próximo, pra filha.  “Muitas vezes eu fazia uma sessão de quimio e esperava as reações passarem, pra voltar pro HCP, onde trabalho, e ajudar as pessoas. Amor, cuidado e atenção são remédios poderosos pra quem dá e quem recebe. E eu nasci pra isso”.  Alguém duvida?

 

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Josefa Isaura da Silva  – 55 anos

Catadora de latinha

Viúva

Mãe de uma filha

 

Foi durante o autoexame, na hora do banho, que Isaura sentiu alguma coisa errada no peito. E ela estava certa. Os exames mostraram que aquele nódulo era mesmo câncer e ela precisava ser rápida pra aumentar as chances de cura. Encaminhada pro HCP, Isaura começou o tratamento pra, em seguida, fazer a retirada total da mama direita. “ A gente leva um susto, mas não dá pra ficar muito tempo pensando, chorando, reclamando. Tem que ter fé, primeiramente em Deus, depois nos médicos e seguir”. Isaura se dedicou dia e noite a matar “o bichinho que queria fazer mal a ela”, como disse a médica que viu a mamo. “Eu disse pra doutora que se era um bicho, eu ia matar ele com minha vontade de viver, minha autoestima e meu sorriso. Porque coisa ruim não gosta de ver ninguém feliz e eu sou muito”, comemora. Isaura é puro aprendizado. Não há como conversar com essa mulher sem abrir um sorriso de admiração. Pra ela o dia está sempre lindo, mesmo se amanhecer nublado. Porque ela sabe a importância de estar viva e com saúde. “Eu faço tudo que os médicos dizem pra ficar bem. A quimioterapia mata as células cancerígenas, mas mata as células boas também, então a gente tem que ficar forte pra não deixar o corpo sofrer muito e combater a doença”. Isaura aprendeu o que pôde sobre o câncer, teve todo apoio da família e profissionais do HCP. Todo dia tenta se reinventar pra não ficar parada e ser a melhor avó do mundo Miguel, de 1 ano e meio. “A gente tem que acreditar que Deus tá sempre olhando pela gente. A vida é maravilhosa e não podemos desistir de viver. Sempre dá pra lutar um pouco mais. E eu luto sempre”. E com essa energia incrível, você vai vencer sempre, Isaura.

 

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Andrea Mota – 54 anos

Mãe de dois filhos

Solteira

Auxiliar de saúde bucal

Mastectomia total unilateral

 

 “Senhor, será que vai dar tempo?!”. Esse foi o único questionamento que Andrea fez a Deus, na hora que confirmou que aquele nódulo na mama direita, descoberto durante o banho, era câncer! Um tumor de  9cm e super agressivo, deixava claro que seria uma batalha difícil. “Não foi a primeira vez que achei que fosse morrer, mas ninguém se acostuma com essa sensação”, desabafa. Essa mulher que nasceu em casa, em cima de uma mesa, sabia que era forte o suficiente pra enfrentar mais essa luta. Vítima de violência doméstica física, durante quatro anos, e depois de pensar em acabar com a própria vida e do filho, pra escapar das agressões do pai da criança, Andrea teve a chance de comprovar que ainda havia muito amor e empatia nesse mundo. “Ou eu seguia em frente ou seguia em frente. E foi a mão estendida de uma amiga que renovou a minha fé”. Juntas, ela e Jeronice, carinhosamente chamada de Nice,  seguiram. As sessões de quimio, radio, cirurgia de retirada total da mama, depois retirada dos ovários que ameaçavam causar problemas, tudo era acompanhado de perto por essa amiga por quem Andrea sente profunda gratidão. “Até lenço na cabeça Nice passou a usar pra me deixar mais a vontade” conta emocionada. Hoje esse sorriso é de quem ressignificou tudo, transformou a dor em alerta e solidariedade. Essa mulher incrível virou Voluntária do Amor no HCP e tem levado esse belo exemplo de superação pra centenas de outros pacientes. “A gente está nessa vida pra isso: fazer o bem. Hoje eu sou feliz sim, e sigo reconstruindo minha saúde mental dia a dia. As marcas estão aí pra me mostrar como sou rodeada de amor e muito capaz”. Muito mesmo, Andrea.

 

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Mariana Miranda – 28 anos

Auxiliar administrativa

Casada

Está grávida de oito meses

Mastectomia Total unilateral – Mas será bilateral depois de amamentar

 

Ela tinha 26 anos, muita energia e disposição pra não abrir mão da academia, nem naqueles dias mais preguiçosos. “Eu era focada no meu corpo. Tinha que tá magra e malhada sempre” conta. Até que uma alteração genética favoreceu o aparecimento de um câncer na mama esquerda. Era dezembro de 2019.  “Parecia que o mundo ia desabar. Fiquei sem chão”. A juventude tornava o diagnóstico ainda mais inacreditável. E dezembro, que já carregava o peso de ser o mês da morte do pai de Mariana, ficou ainda mais cruel. “Nessa hora a gente precisa de todo apoio possível. Minha família e meu marido foram fundamentais. Nunca fui sozinha pra nenhuma sessão de quimio, nem radio, muito menos pra cirurgia de retirada total da mama”. Mari conta que, mesmo arrasada pelo diagnóstico, nunca pensou em deixar de lutar. E foi no meio dessa luta que veio a notícia: Mariana descobriu que ia ser mãe, durante a quimioterapia oral. Agora ela precisava cuidar de mais uma vida, além da dela. “Tive que interromper essa etapa do tratamento. Volto depois que minha bebê nascer. Estamos muito bem, eu e ela, graça a Deus e aos meus médicos maravilhosos”, comemora essa menina tão nova, quanto madura, que depois de amamentar vai retirar a mama direita, por precaução. Mariana diz que entendeu perfeitamente porque precisou passar por isso. “Eu tinha que repensar a relação com o corpo. A saúde é o foco. Todo mundo gosta de se olhar no espelho e ficar satisfeito com o que vê. Mas às vezes a gente fere o corpo, achando que tá cuidando dele”. E Noemi Vitória, que chega no fim deste ano, fez o mês de dezembro ser promovido ao mês do renascimento. “Agora eu vou comemorar a minha cura e a vida da minha filha, todo fim de ano”. E a gente fica muito feliz com isso, viu Mari?

 

 

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Daniel Lira – 34 anos

Empresário

Casado

Pai de dois filhos

Mastectomia total unilateral

Quimioterapia: não precisou

Radioterapia: 30

 

Um histórico familiar preocupante deixava Daniel sempre alerta. “Tenho pais, avós, tios  e primos que descobriram câncer em diferentes órgãos do corpo. Isso sempre me preocupou”. Mas o que nunca tinha passado pela cabeça dele é que um dos tipos mais raros de carcinoma masculino, seria descoberto justamente nele. Carcinoma Ductal in-situ. Esse é o nome do responsável pela mudança total na vida de Daniel e da família toda. “Minha esposa chegou em casa dizendo que tinha sido desligada da empresa. Ficamos arrasados. Além da perda financeira havia a preocupação com o plano de saúde. Eu tinha ginecosmatia, um aumento do volume das mamas e precisava me operar pra fazer essa correção. Só que eu sempre adiava”. Com a demissão da esposa, Daniel só tinha mais 20 dias de convênio médico pra voltar ao cirurgião, fazer os exames pré-operatórios e passar pela cirurgia. Não podias mais adiar. E deu tudo certo! Como procedimento padrão, o material retirado das mamas seguiu pra biópsia. E foi aí que veio o susto! Sem dar o menor sinal de que estava ali, o câncer tinha se instalado. “Na hora parece que te dão uma sentença de morte e eu só tinha 32 anos. Só que o resultado é apenas um diagnóstico e a gente precisa entender isso pra juntar forças e lutar”,  ensina. E assim foi feito. Com o câncer de Daniel, a família toda passou a se cuidar mais, principalmente os homens. Ele mesmo hoje leva uma vida bem mais saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos. “A gente entendeu tudo. Foi um alerta pra todo mundo. Deus sempre faz a coisa certa. Tenho uma família incrível e a gente ainda tem muito o que viver juntos. Eles são minha prioridade”. É, Daniel, a gente também entendeu tudo. 

 

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Risolene Maria da Silva – 46 anos

Costureira

Solteira

Mãe de uma filha

Mastectomia total unilateral

Quimioterapia: 8

Radioterapia: 32

 

“Todos me abandonaram, menos Deus e minha boneca”. É assim que Risolene resume a falta de apoio que teve, quando contou pra família que estava com câncer. “Parecia que eu tinha dito que tava com uma dor de cabeça”. A frase só não é mais forte que essa mulher de 46 anos, que aos 38 foi surpreendida por um tumor no seio. “Eu vinha sentindo uma dormência nos braços fazia tempo. Mas achava que era o esforço na bicicleta” conta. E assim ela foi adiando o ida ao médico. Até que o acaso salvou a vida dela.

O ex-marido pediu ajuda pra fazer uma sopa na casa dele. E ela foi. Sopa pronta e eles foram sentar pra comer juntos. Foi aí que a história dela ganhou novos e desafiadores capítulos. “Quando sentei, a cadeira quebrou e bati meu peito na mesa. Na hora senti uma coisa estranha, parecia uma caroço”. E era. O diagnóstico confirmou um câncer que a fez tirar toda a mama esquerda e 15 linfomas da axila. Seis meses depois, voltou à sala de cirurgia pra tirar o útero e em seguida a vesícula. “Foi tanta coisa ao mesmo tempo que eu achei que não ia aguentar”. Mas ela aguentou! E vem aguentando firme, dia após dia. No hospital fez amigos e foi de um deles que ganhou Babalu, a boneca que virou parceira e símbolo da sua luta. “Enfrentar o câncer sem apoio deixa tudo ainda mais difícil. Mas também ensina muito, faz a gente ficar mais forte”. A doença fez Risolene criar um canal no youtube, onde compartilha sua experiência. “É a minha forma de ajudar as pessoas e me ajudar também. Postei só alguns vídeos, mas recebi muita energia boa de quem assistiu”. E não podia ser diferente. Risolene é sorriso aberto de quem não desiste da luta e segue sempre em frente. “Eu amo viver. Aproveito cada minuto. Estar vivo é uma dádiva e eu já acordo agradecendo a Deus por tudo”. E a gente segue torcendo pra que existam cada vez mais Risolene nesse mundo!

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Risolene Silva

Aos 37 anos descobrir um câncer chamado carcinoma ductal infiltrante e invasivo Nic 4. No primeiro momento, foi muito assustador, uma angústia que não cabia no meu peito. Com o diagnóstico, parecia que eu também tinha recebido uma sentença de morte. Parecia que todos a minha volta sabiam que eu estava com câncer e me olhavam com pena, mas eu só tinha uma escolha, manter a fé, me apegar nas palavras de Deus e confirmar nos meus médicos.

Meus médicos, foram como anjos. Minha mastologista, dra. Denise Sobral, assim como o meu oncologista, dr. Felipe Marinho, disseram que cuidariam de mim, que eu era jovem e teria uma vida toda pela frente, e foi o que eles fizeram. Passei por oito sessões de quimioterapia e vinte e oito de radioterapia. Na cirurgia, fiz a mastectomia total, com a retirada completa da mama. Ainda passei por outros dois procedimentos cirúrgicos, retirei o útero e a vesícula, e um tratamento com hormônios.

O acompanhamento do serviço social e da psicologia também foram muito importantes, assim como da Rede Feminina, grupo voluntário do HCP, que nos tratam com empatia, amor e nos ajudam a superar barreiras. O projeto Renascer também foi essencial para mim, foi um autoconhecimento, um ensinamento de como lidar com as pessoas e com o tratamento.

Hoje, estou curada. Fiz a reconstrução da mama e vivo uma vida normal, mas não descuido de mim. A cada dois anos faço os meus exames de rotina. Vejo a vida como uma dádiva, tenho imensa gratidão por todos que me ajudaram durante o meu tratamento e que me apoiam ainda hoje.

Como mensagem, falo com as mulheres que não se previnem: olhe mais para si. Um diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Esse é o meu conselho, cuido de você, é muito importante.

Risolene Silva (Riso), 47 anos.

Tatiane Soares

“Tudo começou em 2017, em um simples banho. Ao tocar os meus seios, senti na mama direita um caroço do tamanho de uma azeitona. Gelei, já pensando no possível diagnóstico. Meu coração queria sair pela boca, só pensava em Jesus e pedi: “meu senhor, segure minha mão”.

Era uma sensação de medo, nervosismo, não conseguia falar para ninguém. Passei dois dias com aquela angústia, antes de procurar um médico e fazer a ultrassom. O resultado: nódulos nas duas mamas. Procurei um mastologista imediatamente e cheguei ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), onde encontrei acolhimento, carinho e rapidez para confirmar o diagnóstico, um carcinoma ductal invasivo maligno. Eu conseguia enxergar o mundo desabando em minha cabeça, mas eu ia vencer.

Respirei fundo, pensei em meus filhos, em como iria contar tudo para eles. Não sabia eu que eles, meu marido, família e amigos seriam a minha maior força. Eu sabia que não seria fácil, que a luta seria árdua, mas me apaguei a Deus, pedi força e discernimento.
Realmente, foram dias difíceis. Passei por uma cirurgia de quadrantectomia, para retirar a região acometida pelo câncer. Fiz 16 sessões de quimioterapia, 30 sessões de radioterapia. Quando pensei que poderia comemorar estar livre da doença, tive duas suspeitas de recidiva do câncer em outros órgãos, um susto em 2020 e outro 2022, mas graças a Deus continuou generoso e não passaram de suspeitas.

Agradeço a Deus e a todos que cuidaram de mim. Sou eternamente grata ao HCP, que me acolheu de uma forma inexplicável, onde construí mais uma família, que sempre me deu força e apoio nos momentos que preciso. Hoje estou bem, curada, tentando ajudar a todos aqueles que passaram pelo mesmo que eu.

Todos nós passamos por fazes que precisam de nossa atenção, para que possamos descobrir uma força que não acreditávamos ter. Se sua provação é o câncer, mostre a ele a sua vontade de viver e não tema, pois a vitória já é sua. Eu sou a prova viva de tudo isso que você está passando ou irá passar.

Para finalizar, deixo um pensamento: ser mulher é ser flor, linda e perfumada que encanta. Mas, mesmo uma flor, precisa de cuidados. Cuide-se, se ame, se toque, se previna. O câncer não é sentença de morte”.

Tatiane Soares, 45 anos.

Abnoam do Carmo

Minha história começou em 2019. Ao realizar o autoexame, senti um nódulo na mama. Por medo do diagnóstico, da realização dos exames e por descrer que poderia estar doente, deixei a situação de lado. Quando finalmente realizei mamografia, o resultado foi espantoso, e posso dizer que as piores coisas passaram na minha cabeça, possibilidades e circunstâncias negativas sobre a doença. Foi um choque geral, não só família, meus amigos também se comoveram com a notícia.

Passei por dezesseis sessões de quimioterapia. Nos primeiros contatos com a medicação o meu corpo teve reações alarmantes, perda de peso e queda de cabelo. Ao decorrer das sessões outros sintomas surgiram, como mudanças de humor, enjoos e prisão de ventre. Os medicamentos eram muito fortes.

Mesmo diante de tudo isso, minha autoestima não foi abalada, continuei me cuidando e me amando. Muitos foram os temores, mas o que mais me atormentou foi a possibilidade de ficar distante da minha família, filhas, irmãos, netos, mãe, pensar nisso me doía o coração. O meu maior medo se transformou na minha maior motivação, disposição e alavanca para me dar forças no tratamento. Todos me deram suporte físico, psicólogo e até financeiro. Fui abraçada pelas pessoas ao meu redor, vizinhos, colegas e familiares. Busquei abrigo espiritual, indo atrás de ajuda com meu Deus, que foi fundamental para mim.

A forma que fui tratada no HCP era como água em meio ao deserto, me sentia reconfortada e acolhida. Os enfermeiros, médicos e toda a equipe hospitalar tornaram o tratamento suportável. Estar em um meio onde as pessoas partilham das mesmas preocupações e enfermidades me tranquilizava, porque mesmo com suporte da família, me sentia assustada, mas convivendo com meus amigos de tratamento me sentia acalmada por ver que não estava passando por aquilo só. Ganhei vários amigos, memórias e conhecimento sobre mim mesma e sobre a doença.

Se eu pudesse deixar uma mensagem para outros que estão passando pelo mesmo que eu passei, diria: não tenha medo. Busque conciliação espiritual e familiar, vários passaram por isso e hoje escrevem mensagens como esta, mensagens de vitória. Saiba que se ficar carequinha, seu cabelo vai crescer de novo. Se sua sobrancelha cair, vai crescer de novo. Se ame e cuide de si mesma, não desista de você. Eu consegui, você também conseguirá! Com Deus e família todas as batalhas serão vencidas.

Abnoam do Carmo Marques, 51 anos.

Marlene Alves

Eu sentia muita fraqueza e cheguei a desmaiar na rua. Achava que era um problema no coração, mas nenhum exame que eu fazia indicava isso. Cheguei a não contar mais nada para as pessoas, com medo que achassem que eu estava mentindo. Até passei alguns dias afastada do trabalho, sem entender o que acontecia comigo, até que resolvi fazer um ultrassom da mama, mesmo não percebendo nenhum nódulo no autoexame.

O médico ficou surpreso, porque o exame já deu uma grande alteração. Até me perguntou se eu nunca tinha feito mamografia. Nunca pensei ser câncer. Procurei o serviço particular na minha cidade, em Ipojuca, e fiz outros exames. Com o resultado, fui direto procurar o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), onde comecei a minha batalha, sabia que era o melhor lugar, o ano era 2020.

Fui muito bem atendida. Iniciei meu tratamento muito rápido. Fiz quimioterapia, radioterapia e cirurgia, onde retirei toda a mama. Recebi apoio de todos os meus familiares e amigos, além de ter feito muitos novos amigos no HCP, não só pacientes, mas também enfermeiros, técnicos e médicos, que me apoiaram em tudo. Hoje estou aqui, bem e curada.

O câncer foi uma virada de chave para mim. Comecei a me conhecer melhor após a doença, a passear e viver mais. Posso até dizer que, por um lado, passar por tudo isso foi renovador.

Marlene Alves Pimentel, 54 anos.

Maria Ivaneide

Descobri o primeiro câncer aos 35 anos. Mesmo tendo outras duas irmãs acometidas pela mesma doença, sendo uma falecida, foi uma surpresa muito grande, eu não queria aceitar, fiquei muito assustada. Chorava muito e pensei estar em depressão, mas graças a Deus estou aqui contando a minha história, pois decidi lutar.

Fiz oito sessões de quimioterapia e vinte oito de radioterapia, além de retirar a mama.Quando pensei estar livre do câncer, dez anos depois ele voltou, dessa vez na outra mama. Foram mais vinte e três sessões de quimioterapia, vinte e oito de radioterapia e mais uma cirurgia, mas consegui vencer mais uma vez. Cinco anos depois, passei por outros procedimentos, mas dessa vez como prevenção de novas recidivas da doença, retirei o útero, ovários e parte da bexiga.

Não foi fácil, mas Deus e a minha vontade de viver sempre estiveram no meu caminho. Consegui força nos meus filhos, familiares e amigos, que sempre estiveram ao meu lado. Hoje estou bem, apesar de tudo e graças aos ótimos médicos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Fiz a reconstrução das mamas e sempre faço acompanhamento, estou bem e curada.

Se eu pudesse deixar uma mensagem para quem está passando pelo que eu passei, primeiramente diria para se apegarem a Deus, que sejam fortes e corajosas e nunca desistam de lutar e viver.

Para as outras mulheres, diria o mesmo que falo para todas as minhas amigas, cuidem-se. O câncer não acontece apenas com idosos, acontece mais cedo também. Façam seus exames de rotina. A vida é muito curta para quem não se cuida.

Maria Ivaneide da Silva, 49 anos.

Lindinalva Lins

Já não bastava o medo da pandemia, daquele momento assustador que o mundo estava vivendo, eu recebi o diagnóstico de câncer de mama, aos 46 anos. O choque foi tamanho, que eu só conseguia chorar e não queria ver ninguém. O medo era de morrer, não conhecer os meus futuros netos. Minha família e amigos também estavam em choque, mas me deram todo o apoio necessário, me acolheram e demonstraram todo o amor do mundo.

Passei por altos e baixos, mas posso dizer que tive um tratamento excelente e rápido, mas não deixou de ser doloroso. Depois da biópsia e a confirmação do diagnóstico, cheguei ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Fiz quimioterapia, três cirurgias (quadrante, esvaziamento das axilas e a mastectomia) e, por fim, a radioterapia. Fui bem atendida e acolhida por todos, desde o vigilante até os médicos. Alguns anjos passaram pelo meu caminho, e isso foi o cuidado de Deus.

A mensagem que eu deixo, com toda experiência que passei é: nunca desistir de lutar, porque a última palavra vem de Deus. Sempre busque viver o hoje, porque o amanhã só a Ele pertence. Não é fácil todo esse processo, mas precisamos confiar em Deus.

Sorria e viva a vida, porque o espírito agradece. Apesar de todas as lutas, hoje eu sou uma outra pessoa e grata a Deus!

Lindinalva Lins, 49 anos.

Campanha Dezembro Laranja

O mês de dezembro marca o início do verão e, para muitas famílias, também o período de férias, sinônimo de longa exposição ao sol, principal fator de risco para o câncer de pele. Para estimular atitudes preventivas para esta doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha anualmente a campanha Dezembro Laranja.

Campanha Novembro Azul

O diagnóstico tardio é um dos principais motivos para o câncer de próstata ser o segundo tipo de tumor maligno que mais mata os homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Com o objetivo de estimular que os homens tenham mais atenção à saúde e façam seus exames regularmente, possibilitando a detecção precoce da doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entra na campanha Novembro Azul.

Campanha Outubro Rosa

O diagnóstico precoce é fator primordial para o sucesso no tratamento de qualquer tipo de câncer. A campanha Outubro Rosa, já conhecida mundialmente, busca trazer esse alerta – a importância da detecção do câncer de mama no estágio inicial. Referência no tratamento de pacientes oncológicos no estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha o tema anualmente, com o propósito de estimular o debate sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

Campanha Julho Verde

Julho é o mês escolhido pelo Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e várias organizações de saúde para alerta a população sobre o câncer de cabeça e pescoço, termo utilizado para o conjunto de tumores que se manifestam na face, boca, laringe, faringe, glândulas parótidas, glândulas salivares, tireoide, e ossos da cabeça e pescoço. A campanha denominada “Julho Verde” reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce desses cânceres, que historicamente estão ligados ao consumo do tabaco e álcool, má condição de higiene oral, infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) e exposição ao sol.

Campanha Abril Amarelo

Apesar de raro, representando 2% do total de cânceres diagnosticados, o câncer ósseo possui um alto índice de mortalidade, atingindo principalmente crianças, adolescentes e idosos. Não existe maneira de prevenir esta doença, sendo o diagnóstico precoce a melhor forma de garantir a qualidade de vida do paciente e até a cura. Pensando na importância da conscientização sobre o tumor, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) engajou-se na causa e criou a campanha “Abril Amarelo”, que em 2020 chega ao seu 6º ano, com o objetivo de fazer este importante alerta.

Assistência

Grupo de assistência às enfermarias

São voluntárias que ajudam os pacientes internados e que tiveram alta e, também, o próprio hospital. Com ajuda de parceiros, viabilizam remédios ou exames que não são oferecidos pelo SUS, ou seja, que não são disponibilizados pelo HCP. 

 

Grupo de assistência aos ambulatórios 

Voluntários que dão suporte às necessidades dos ambulatórios, arquivo, patologia, quimioterapia e radioterapia. Pegam prontuários nos arquivos, protocolam e levam documentação para outros departamentos, anotam cartões dos pacientes que serão atendidos e levam pacientes aos setores.

Pipoca do Amor

Os voluntários se unem para levar amor e carinho ao paciente e acompanhante, através de um alimento hospitalar nutritivo simples, higiênico e barato, a pipoca. O intuito dessa ação é transmitir alegria, descontrair, favorecer a integração interpessoal, auxiliar na terapia psicoemocional. Para ganhar a pipoca é preciso apenas de uma coisa, um sorriso.

As pipocas são doações de parceiros e da sociedade que contribuem com dinheiro para compra da pipoca. Os voluntários “pipoqueiros”, usam como uniformes aventais estampados e alegres e decoram cestas, onde são colocadas as pipocas, de acordo com datas comemorativas e plaquinha com frase: “Troca-se por um sorriso”.

Xerox/Lojinha

Atende pacientes e acompanhantes que precisam tirar cópia de documentos para apresentar ao hospital, assim como, quando há necessidade de atender demanda maior de xerox de folhetos/informativos do setor de Serviço Social e do Espaço Renascer. Os voluntários que estão nesse setor também dão informações às pessoas sobre localização, como chegar a determinado setor ou ambulatório, por exemplo, assim como também solicitam apoio aos maqueiros quando percebem a necessidade de dar suporte a algum paciente. Nesse setor também funciona uma lojinha de artesanato com preço acessível, assim como venda de camisa e lacinhos de campanha.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 7h às 12h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres)

Bazar

Esse setor é a principal fonte de renda da Rede Feminina, inclusive esses recursos financeiros ajudam na compra de medicamentos, passagens para os pacientes, manter a Casa de Mirela e suprir algumas necessidades do hospital.

As doações de roupas, calçados e eletrônicos são vendidas no bazar por preço acessível para pacientes, acompanhantes e funcionários.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 14h.

Local: Bazar (ao lado do ambulatório da pediatria)

Espaço da Beleza

Espaço de acolhimento para pacientes mastectomizadas e/ou que perderam os cabelos. No setor são doadas próteses mamária, perucas, sutiãs, lenços, toucas, chapéus e o mais importante: o amor, o ombro amigo.

Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 14h.

Local: _____

Espaço da Paz

Criado em 2011, pela atual presidente da Rede Feminina, a senhora Maria da Paz, o projeto surgiu quando a voluntária identificou que os pacientes iam para casa bem e retornavam debilitados, porque não tinham uma alimentação adequada em suas residências, passando assim a doar mensalmente cestas básicas, inclusive com a presença de suplementos alimentares.

O projeto é realizado em parceria com o serviço Social do HCP, que verifica a situação socioeconômico dos pacientes, assim como o guia de prescrição médica, detalhando o nome do paciente e as necessidades específicas dele para que sejam atendidas. As doações são entregues uma vez por mês para cada paciente beneficiado cadastrado pelo voluntariado.

Além de cestas básicas o projeto também doa fraldas, medicamentos, travesseiros, brinquedos, cadeiras de rodas e kits de higiene (escova e pasta de dentes, sabonetes, etc.)

Funcionamento: de domingo a domingo, das 7h às 15h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres).

Rendarte

Nesse projeto, o voluntariado oferece cursos de capacitação em artesanato (tricô, crochê, pintura e reciclagem), para pacientes e acompanhantes. O objetivo é que o público aprenda atividades que possam gerar renda.

Alguns dos produtos desenvolvidos são vendidos no local e o lucro revertido para a compra de novos materiais utilizados nos cursos.

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: Rendarte (ao lado da odontologia).

Chá e sopa

Para atender principalmente os que não possem recursos para alimentar-se, o projeto oferece diariamente, de forma gratuita, um lanche aos pacientes ambulatoriais e aos seus acompanhantes. Os insumos são disponibilizados pela Rede Feminina e produzidos pelo setor de nutrição do hospital.

Quando não conseguem as doações desses insumos, a própria Rede Feminina realiza a compra.

Funcionamento: _____
Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres)

Espaço Renascer

Local onde as mulheres renascem para a vida, através do resgate da autoestima. Esse trabalho tem mais de 40 anos e surgiu através do mastologista e cancerologista Dr. Esdras de Queiroz Marques e que em seguida foi encabeçada por Giorgina Moreira e Fátima Cabral.

No projeto é oferecido suporte de assistente social, apoio psicológico, atividades físicas, dança, jogral e comemoração das datas festivas. O objetivo é que as mulheres aprendem a amar seu corpo e ter mais qualidade de vida.

Esse espaço tem como objetivo reintegrar a mulher à sociedade de uma forma holística, tendo em vista a sua recuperação como um todo (psíquico, físico e social). É um atendimento prestado na grande maioria às mulheres mastectomizadas ou que passaram por outros tratamentos de câncer de mama, através de uma equipe multidisciplinar, composta de uma assistente social, psicóloga e educadora física.

Funcionamento: quinta-feira, das 8h às 11h.

Local: departamento de fisioterapia do HCP.

Casa de Mirella

A Casa de Mirella é o Centro de Apoio ao Paciente do Hospital de Câncer de Pernambuco, onde pacientes e acompanhantes vindos do interior e que não tinham condições financeiras de ficar no Recife são hospedados para realizar o tratamento no HCP.

Acolhimento humanizado, respeito, dignidade, carinho. Nesse local todos são tratados como pessoas que tem necessidades e precisam de cuidado. É oferecido dormida limpa, banho, refeições, atividades terapêuticas e recreativas, como jogos, dominó, dama, pintura e confecção artesanal.

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: R. Frei Afonso Maria, 357 – Amaro Branco, Olinda 

Confecção de perucas

Doado gratuitamente, o setor confecciona perucas para serem doados aos pacientes. Todo o trabalho é feito por costureiras voluntárias, com cabelos e demais insumos doados.

No local, para quem tiver interesse de cortar e doar o cabelo na hora, também é oferecido o serviço de corte gratuito.

Como doar cabelo?

Funcionamento: de domingo a domingo, 24h.

Local: Sede da Rede Feminina (próximo a entrada de pedestres).

Informações Sobre o Doador e Sua Doação