Nos últimos dias 27 e 28 de agosto, a biblioteca do Hospital de Câncer de Pernambuco sediou a primeira Jornada de Enfermagem Oncológica da Residência HCP. O evento foi organizado pela própria equipe de residentes em enfermagem e buscou abordar a atuação da enfermagem na oncologia. Em razão da pandemia, o evento foi restrito para apenas convidados, entre ouvintes e palestrantes.
Na tarde do primeiro dia, a jornada começou com uma mesa redonda que debateu o tema “Inserção no mercado de trabalho pós-residência e perspectiva de futuro no campo da oncologia”, para o qual trouxe ex-residentes com o objetivo de relatar suas experiências no campo da residência oncológica. Cássia Figueiredo, Kelly Monteiro, Elton de Lima e Aline Ferreira foram os enfermeiros palestrantes do primeiro dia.
Kelly Monteiro é enfermeira que atua na área da Pesquisa Clínica. Segundo ela, a enfermagem é mais do que assistência ao paciente. “O enfermeiro oncológico hoje em dia é bastante procurado em todos os lugares. A gente é assistência, mas a gente tem a capacidade de mediar conflitos e lidar com problemas. Ser enfermeiro é ter iniciativa, é saber, ao mesmo tempo, ligar a teoria à prática e ter uma humanização e respeito diferenciados”, disse Kelly.
Durante o sábado (28), os residentes assistiram às palestras de Nathaly Souza, Andreyna Javorski,Tânia Guimarães, Karla Albuquerque, Matheus Cavalcante De Deus e Rita de Cássia Pacheco Paiva. Assuntos sobre radioterapia, cuidados paliativos e oncologia pediátrica foram pautadas na jornada. Karla Albuquerque, que é enfermeira especialista em cuidados paliativos, explicou a importância da comunicação compassiva na área, visto que o setor cuidados paliativos se dedica a proporcionar um atendimento específico ao paciente oncológico. “A comunicação nos cuidados paliativos é um dos pilares para este tipo de assistência, pois é um facilitador em todo o processo de atendimento ao paciente, à família e na relação profissional em cuidados paliativos. O profissional que atua em cuidados paliativos precisa estar cada vez mais ciente do que a gente precisa, do que a gente pode e de como a gente vai ajudar o paciente”, acrescentou.