Com o intuito de tornar mais leve as relações interpessoais na área da saúde, a equipe de Comunicação e Marketing do Hospital de Câncer de Pernambuco articulou uma palestra voltada para os colaboradores do HCP que lidam com pacientes e acompanhantes no exercício do trabalho. O tema, comunicação não-violenta, buscou apresentar aos funcionários formas sutis de reagir a uma situação de potencial estresse.
A iniciativa partiu de uma parceria da equipe de Comunicação e Marketing e contemplou as equipes de atendimento da Regulação, Oncologia Clínica e ambulatórios, setores esses lidam diretamente com o atendimento ao público, os quais trabalham através do acolhimento e do diálogo. Ao todo, de 24 funcionários assistiram à palestra. Os que não puderam participar, serão contemplados com as orientações em outros momentos.
A palestra ficou a cargo de Manuela Moraes, que tem formação em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em administração de empresas na Universidade de Pernambuco (UPE). Com experiências em endomarketing, marketing e comunicação interna, Manuela enxerga a comunicação como meio de engajamento e transformação.
“Uma comunicação eficaz pode evitar situações de atrito, principalmente no ambiente de trabalho, em especial na saúde, onde o clima é difícil em decorrência da atividade institucional (tratamento de câncer). Em conversa com os gestores, conseguimos identificar os principais pontos de queixas dos colaboradores e foi nítido que as relações interpessoais, sejam entre os próprios funcionários ou deles com os usuários do serviço poderiam ser melhor trabalhada. Nesse contexto, surgiu a oportunidade de trazemos a Manuela, que entendendo a necessidade desse curso e da situação do HCP como hospital oncológico filantrópico, ofereceu o curso de forma totalmente gratuita”, explica Camyla Nóbrega, coordenadora de Comunicação do HCP.
“A comunicação não violenta é um método de comunicação que tem como objetivo facilitar o processo de comunicação no trabalho. Se trata de um conceito que estimula a compaixão e a empatia entre as pessoas. Quando alguém se comporta de maneira mais agressiva com o outro, há uma tendência de que essa pessoa lida com algum problema ou algum tipo de dor, que faz com que a reação seja da pior maneira possível”, esclareceu Manuela para os mais de vinte colaboradores presentes.
Manuela destacou que a comunicação violenta pode ser reproduzida em qualquer situação, sem que a perceba que está sendo hostil. Nesse caso, o primeiro sinal de agressividade é o julgamento.
“Num momento de estresse ou quando a pessoa já sente uma fadiga emocional, é comum a postura de julgar sem um entendimento prévio do que está acontecendo com a outra pessoa. Tudo pode ser resolvido com um simples diálogo”, acrescentou.
Usar o conceito da comunicação não-violenta nem sempre é algo fácil, pois requer paciência e empatia. Contudo, ela pode começar a ser trabalhada com pequenos gestos de observação, de revisão das próprias atitudes e honestidade.