Setembro é o mês de alerta para a importância de se atentar aos sinais e sintomas relacionados ao câncer infantojuvenil, conjunto de doenças oncológicas que podem afetar crianças ou adolescentes entre 0 e 19 anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados para o Brasil, nos próximos três anos, 8.460 novos casos – 4.310 para o sexo masculino e 4.150 para o feminino. Para conscientizar sobre o diagnóstico precoce da doença, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) apoia a campanha Setembro Dourado, que pode ser conferida nas redes sociais, @sigahcp.
Os tipos mais comuns do câncer infantojuvenil são leucemia, linfoma e tumores no sistema nervoso central. Perda de peso sem motivo; dores de cabeça, vômitos; inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações; protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local; desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão; febres recorrentes não causadas por infecções; surgimento de manchas no corpo; sangramento e palidez perceptível ou cansaço prolongado são alguns sinais que podem ser indícios da doença, mas que também se assemelham a doenças comuns.
“Os sintomas do câncer infantojuvenil podem ser facilmente confundidos, por isso, é importante que toda criança tenha seu desenvolvimento acompanhado por um pediatra, que está capacitado a realizar o correto diagnóstico”, destaca o Oncologista Pediátrico do HCP, dr. Tadeu Calheiros. “Quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores são as chances de cura”, completa. Ainda segundo o INCA, a detecção precoce alinhada ao tratamento adequado proporciona chances de até 80% de cura.
Excluindo as causas externas de mortalidade, esse tipo de câncer é a primeira causa de morte no país, considerando a faixa etária de 5 a 19 anos, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de 2017. Por isso, apesar da pandemia, o cuidado a atenção ao câncer infantojuvenil não pode ser adiada. “Ao perceber algum sintoma na criança, um profissional de saúde deve ser procurado”, aponta o oncologista.