Na programação do III Simpósio em Oncologia do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), uma área foi dedicada integralmente à assistência multiprofissional. No espaço, que vem crescendo a cada ano, enfermeiros, médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e nutricionistas discutiram e se atualizaram sobre a Oncologia. Organizado pela instituição, o evento ocorreu nos últimos dias 18 e 19 de agosto, no Courtyard by Marriott, em Boa Viagem.
A oncologista Jurema Telles foi a responsável pela abertura da programação. A médica realizou uma palestra sobre Oncogeriatria com ênfase nos cuidados paliativos. “Para que esses idosos vivam mais e com melhor qualidade de vida, o cuidado paliativo deve ser iniciado precocemente, desde o diagnóstico”, afirmou. Dra. Jurema destacou a todo o momento a importância de ouvir o que os idosos dizem e respeitá-los como sujeitos ativos. “Isso é humanização”, disse.
Os Cuidados Paliativos e algumas implicações que os cercam, tidas como polêmicas, também foram levantadas, como, por exemplo, quando indicar a paliação dos sintomas. O uso de drogas, como opióides, para o alívio da dor também foi discutido. “Apesar de não considerar um tema polêmico, precisamos ser bastante responsáveis na prescrição dessas drogas”, afirmou o médico dr. Hélio Pinheiro. O discurso dos palestrantes dessa mesa foi único: o cuidado paliativo só existe com a atuação multiprofissional.
A osteonecrose dos maxilares foi outro tema da sala multiprofissional. Nessa mesa, médicos e cirurgiões dentistas discutiram o assunto e as possibilidades terapêuticas de tratamento. Na mesa de mobilização precoce em paciente crítico, o caráter multidisciplinar também ficou bastante evidente: fisioterapeuta, médico, enfermeiro e psicólogo discutiram as perspectivas atuais e as inovações na assistência. Também confirmando o caráter da atuação multiprofissional, a fadiga oncológica foi abordada com o único objetivo: desenvolver estratégias e intervenções para proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.
Ainda dentro da programação, foram discutidos o uso da realidade virtual no tratamento fisioterápico e a judicialização da saúde no tratamento oncológico.