Um tipo raro de câncer, com alto índice de mortalidade e sem formas de prevenção: essa é a principal descrição do tumor ósseo, doença que representa apenas 2% do total de cânceres diagnosticados. Atingindo majoritariamente crianças, adolescentes e idosos, o câncer ósseo é uma doença que se manifesta, principalmente, através de um sinal: a dor. O diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir um tratamento positivo.
Embora seja considerado raro, o tumor ósseo é uma realidade. Somente em 2016, por exemplo, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) recebeu cerca de 750 novos pacientes com tumores ósseos e realizou mais de 4,5 mil consultas e de 800 cirurgias em pessoas portadoras desse tipo de câncer. Atualmente, o setor de Ortopedia Oncológica do HCP é responsável por 30% das cirurgias oncológicas em pacientes portadores de tumores ósseos em todo o Estado.
Entre os tumores primários, como são chamados aqueles que nascem dentro do próprio osso, o osteossarcoma, o sarcoma de Ewing e o condrossarcoma são os mais comuns. Os dois primeiros, mais agressivos, são encontrados em crianças e adolescentes, especialmente na área ao redor do joelho. “Não se sabe bem o porquê, mas acredita-se que seja por causa do potencial de crescimento que existe nessa faixa etária”, explica o ortopedista oncológico do Hospital de Câncer de Pernambuco, dr. Marcelo Souza.
O condrossarcoma, por sua vez, é comum em adultos e costuma atingir a área da bacia. Adultos e idosos, no entanto, são mais acometidos por tumores metastáticos, ou seja, que são oriundos de outros tipos de câncer. “É muito comum haver mulheres com câncer de mama e metástase no osso ou pessoas com câncer de pulmão e metástase no osso. Esse tipo de tumor metastático faz parte da rotina das pessoas da terceira idade”, frisa o médico.
O ortopedista oncológico alerta, ainda, que o diagnóstico precoce é a melhor forma de garantir resultados positivos para o paciente, como o aumento da sobrevida e a cura. Para isso, é preciso ficar atento a dor constante, que é o principal sintomas do câncer ósseo. “As pessoas que têm o diagnóstico precoce têm chances de cura duas ou três vezes maior do que os pacientes que chegam tardiamente. O diagnóstico tardio também aumenta a mutilação e diminui a sobrevida”, orienta. Fadiga, perda de peso e fraturas são outros sinais que devem ser observados.
PEDALA HCP
Para chamar a atenção da população pernambucana para a existência do câncer ósseo, o Hospital de Câncer de Pernambuco está promovendo o 3º Pedala HCP. Marcado para o dia 9 de abril, a partir das 8h, o passeio ciclístico terá o Cais da Alfândega como ponto de partida e chegada. As inscrições podem ser feitas presencialmente, no próprio hospital e no Quiosque Ingresso Prime (Shopping Tacaruna), ou por meio do site hcp.org.br/pedala. Todo o dinheiro arrecadado com o evento será revertido para o HCP.