O câncer de fígado é uma doença difícil e que apresenta poucos sinais, apesar de atingir cerca de 600 mil pessoas todos os anos. O câncer primário, que se origina na maior parte das vezes de uma cirrose, e o secundário, relacionado com cânceres primários de intestino, são as categorias da doença.
O fígado precisa de atenção especial porque o maior problema está no diagnóstico precoce, visto que não há sinais no início da doença. “O mais importante é saber que existe um tratamento que pode ajudar qualquer pessoa a resgatar a qualidade de vida do paciente”, explica o médico Cesar Henrique Lyra, especialista em cirurgia hepática do Hospital de Câncer de Pernambuco.
Quando existem sinais de icterícia, “água na barriga” ou perda de peso significativa e fadiga, pode ser tarde demais para um tratamento eficaz. Por isso, vale lembrar que hábitos de vida saudáveis fazem toda a diferença na prevenção de doenças como essa. É preciso manter o peso sob controle e não ingerir álcool. Além disso, o paciente deve estar atento a pólipos ou lesões que podem crescer na parede interna do intestino grosso, que poderão dar origem a tumores colorretais e, consequentemente, gerar tumores secundários no fígado.
O tratamento varia muito de acordo com a história clínica do paciente e o estadiamento do tumor. Mas, se estiver dentro dos limites do fígado, pode ser removido cirurgicamente, com uso de quimioembolização ou radiofrequência posterior. Há outras formas de tratamento, mas este tipo de cirurgia é realizada pelo menos uma vez por semana no Hospital de Câncer e o acompanhamento da equipe multidisciplinar é fundamental para a reabilitação do paciente, que poderá ter uma vida normal após a cirurgia.
Saiba mais sobre a cirrose – A cirrose é uma doença que pode ser causada por ingestão excessiva de álcool, hepatite viral ou esteatohepatite não alcoólica (gordura no fígado). Portanto, pessoas que tem hábitos de vida mais saudáveis, como se alimentar bem, praticar atividades físicas e não tomar álcool tem menos chances de ficar doente. Para as pessoas que já tem um quadro de cirrose, é preciso avaliar o fígado em um exame semestral de ultrassom do abdômen.