Há 25 anos dona Irene Elza experimentou sensações muito diferentes das que vivia em sua rotina de funcionária pública: descobriu que tinha um câncer. Dois anos depois, por conta de complicações pós-cirurgia, precisou do Espaço Renascer, do Hospital de Câncer de Pernambuco, para melhorar a mobilidade nos braços por meio de fisioterapia. Ali encontrou mais que apoio físico, encontrou uma família e um motivo para seguir sorrindo pela vida.
“Senti tanta vontade de servir a partir dali”, diz ela, que, com muita jovialidade no corpo e na mente, consegue vir, sempre que pode, ajudar como voluntária na Rede Feminina. “A alegria da minha vida é ajudar meu próximo. Tanto aqui, quanto na Casa dos Humildes, onde moro, ou ainda em qualquer lugar”. E é mesmo. Basta ver o sorriso no rosto e a disposição de dona Irene.
A diferença aqui, entretanto, é que no HCP ela fica mais próxima dos pacientes e consegue mostrar que é possível superar esta doença. “Estou viva, afinal”, ensina ela. E os pacientes a escutam, sempre. “Não há nada que supere a sabedoria do idoso”, diz. Dona Irene, lembra, enfim, que “o câncer não é o fim da linha, é uma modificação da vida e a minha mudou para melhor”.