O Instituto Nacional de Câncer (INCA) iniciou uma parceria com o Hospital de Câncer de Pernambuco e com o Imip para a realização de uma pesquisa científica sobre a relação do vírus HPV com o câncer de colo de útero no estado de Pernambuco. Duas equipes, coordenadas pelo oncologista Rodrigo Pinto, fazem parte da pesquisa. Uma delas já iniciou o trabalho dentro do HCP.
Ultimamente muito se fala em HPV. Além disso, incentivos à prevenção já estão sendo disponibilizados à população feminina na faixa etária de 11 a 13 anos. Porém, se descobriu que os tipos do HPV variam de acordo com a região geográfica na qual o paciente vive.Esta pesquisa em Pernambuco está sendo realizada justamente para identificar o que leva esta variação a ocorrer. No estado do Rio de Janeiro a pesquisa já foi concluída e no Pará ela encontra-se em fase final. A ideia, portanto, é mapear e identificar a doença de acordo com a localização geográfica dos pacientes. Por isso, a participação do Inca é tão importante.
O vírus HPV possui mais de 200 tipos distintos, e pelo menos 13 deles são considerados oncogênicos. Entretanto, dois deles vem merecendo maior atenção por estarem presentes, um ou outro, em 70% dos casos de câncer de colo de útero.
No HCP
As pacientes no setor de pélvis do Hospital de Câncer de Pernambuco, quando diagnosticadas com lesão acometida pelo HPV, são encaminhadas para a equipe da pesquisa. Em seguida, elas são submetidas a exames de coleta para que a análise do material colhido seja feita em laboratório, e assim, haja uma contribuição real à pesquisa do dr. Rodrigo Pinto.
Vacina
Embora existam mais de 200 tipos de HPV, até hoje existe vacina apenas para a imunização de quatro deles. A vacina do tipo bivalente previne as mulheres dos tipos 16 e 18. Já a vacina quadrivalente previne dos tipos oncogêncicos 16 e 18 e também dos dois tipos mais incidentes na causa dos condilomas genitais (verrugas): 6 e 11. O mais indicado é que a vacinação seja feita antes do início da atividade sexual. Porém, isso não impede que as pessoas que já possuam uma vida sexual ativa também sejam vacinadas. A eficácia da vacina é comprovada entre oito a nove anos após a vacinação.