Seu Daniel é falante, olha nos olhos e brinca. Dona Lila é doce, mãezona, tolera a bagunça dos netos. Duas pessoas diferentes que decidiram, em 1971, se unir em matrimônio para criar uma família. Mais de 40 anos depois, ainda muito unidos e com um amor que brota dos poros, deram as mãos também na solidariedade aos pacientes de câncer do HCP. Juntos, eles vestem o jaleco rosa e vêm se solidarizar no trabalho realizado pela Rede Feminina.
Um casal que tem como missão ajudar pessoas e, assim, evoluir mais e mais, segundo o que eles também acreditam. Espíritas que são, creem profundamente na caridade para serem pessoas melhores. Mas não é só aí que mora o exemplo deles. Também cresceram e muito na convivência depois que começaram a trabalhar juntos. Afinidade pura.
Seu Daniel veio primeiro para o voluntariado, é fã de trabalhos sociais. Dona Lila resistiu um pouco, achou que não tinha estômago para conviver com pacientes em sofrimento. Mas, alguns meses depois, cá estava ela, integrada com a missão humanitária de ajudar o próximo. A resistência passou. A força do casal fez diferença.
Atualmente, ele cuida da xerox e ajuda a orientar os pacientes. Ela fica na lojinha, ajuda na sopa e no chá. Juntos, eles se reconstroem todos os dias como casal, fazem novos amigos, alcançam, toda vez que trabalham aqui, novos brilhos nos olhos.
Já estão aposentados, mas continuam fazendo muita coisa juntos. Vir para cá somou ao casamento, ao amor e a admiração mútua só fez crescer. ‘Eu me sinto feliz e harmoniosa, isso traz autoestima, é uma alegria estar servindo ao outro’, diz ela. Ele acha que ‘é uma maneira de diminuir a angústia dos demais’ e enriquecer também a relação que os dois têm criado por tantas décadas, explica ele.
Um casal que se entende bem, compartilha, ama, tem parceria real, que vive em harmonia e união, numa engrenagem de crescimento mútuo e dedicação extrema a si mesmo, à família e ao próximo.
A gente deseja a todos os casais um Dia dos Namorados repleto de harmonia e união.