As brincadeiras no setor visaram levar alegria aos pacientes, já que muitos deles passam boa parte do tratamento internados no hospital. Na quarta-feira, às 17h, foi realizada uma missa em ação de graças pelo primeiro ano do setor de Hematologia, quando médicos e colaboradores se juntaram para agradecer. O padre Fábio Paes, pároco do HCP, fez questão de lembrar que o trabalho realizado é fruto de um amor cristão e que “quando ajudamos os necessitados e fazemos o bem, estamos ajudando diretamente a Jesus”.
Oncohematologia
Atualmente, a Oncohematologia atende cerca de 70 pessoas por semana nos ambulatórios. São oito médicos, 10 enfermeiros e 20 técnicos que se dividem para atender mais da metade dos pacientes com câncer de sangue de todo o estado. A estrutura conta hoje com 20 leitos e seis consultórios no ambulatório. Antes, os enfermos só podiam contar com o Imip e o Hemope.
Para a oncohematologista do HCP Danielle Padilha, as mudanças neste primeiro ano foram significativas, especialmente nos exames laboratoriais, fundamentais ao paciente hematológico. “Antes, eu precisava esperar 24 horas para ter um resultado. Hoje, em três horas já consigo receber o material analisado. No HCP, os exames laboratoriais são de ponta, a quimioterapia é de primeira linha e o atendimento é equivalente aos melhores hospitais da cidade”, comenta.
Todo o cuidado para garantir a imunidade dos pacientes é garantida pela equipe multidisciplinar, que se reúne semanalmente para avaliar todos os pacientes em conjunto, além de haver as políticas internas de cuidados, visto que o câncer no sangue atinge as células de defesa do organismo. A higiene é uma preocupação intensa e os cuidados são intensificados nas mãos e bocas, além das restrições programadas nas visitas.
Câncer no sangue
Segundo a oncohematologista do HCP Danielle Padilha, que chegou no hospital quando o setor foi aberto, à convite de dr. Iran Costa, o câncer no sangue é facilmente identificado, basta realizar um hemograma e consultar um especialista no assunto. São mais de 20 tipos de linfoma e 10 tipos de leucemia, por isso, avaliar como será o tratamento e quais são as chances de cura é um processo de varia de paciente para paciente. “Existe a possibilidade de apenas uma via de tratamento ou a combinação de até três, a exemplo da radio, quimioterapia e ou o transplante da medula óssea”, explica.
Os sinais de alerta são simples. Se o paciente apresentar febre, infecções que não se explicam facilmente, perda de perda significativa (10% do peso), sangramentos, manchas roxas ou fadiga excessiva, é necessário consultar um especialista para avaliar a situação clínica.